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Coluna | Cidadania Reativa
Willes Silva Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

Site: www.viverconsciente.com.br
 
A Democracia de Cada Um
11/08/2010
 
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Por força de um encontro entre o Prefeito Municipal com populares de uma região da cidade, para discutir problemas afetos à sua administração, o jornal da prefeitura estampou em sua primeira página uma referência à prática democrática que teria embalado tal evento. Ora, creio eu que essa referência só se verificará verdadeira a partir do momento que os pleitos ali sugeridos sejam acatados e transformados em obras concretas. Fora disso é apenas um faz de conta que nada tem de democrático, estando mais próximo daquilo que é demagógico e propagandístico, coisa que acreditam entender bem alguns aspones mais festivos.

Não sei se isso só acontece no Brasil onde a nossa cultura política e democrática é extremamente pobre, mas, aqui a democracia é muito adjetivada o que faz com que cada grupo de pessoas ou corporação tenha sua própria definição para cada momento e lugar. O que acontece também com outros valores ou princípios como honestidade, transparência e ética, sendo que para este último algumas corporações possuem seu próprio código, como se elas estivessem acima da ética universal cujos parâmetros deveriam ser de uso corrente, independentemente de quem a pratica e da natureza dos atos lesivos ou imorais.

A democracia quando entendida substantivamente vai muito além do simples direito de votar e ser votado, ela nos remete ao exercício pleno da cidadania onde está incluso a liberdade de expressão e, inclusive, o direito de promover a cassação do mandato daquele que, eleito descumpriu as leis vigentes ou os seus compromissos de campanha. Então, o direito do cidadão manifestar-se reivindicando aquela obra ou serviço que lhe deve o administrador público não é mera concessão do mandatário de plantão. É um direito que deve ser muito bem qualificado, e não servir apenas a proselitismos baratos ou populistas.

Escutar o povo é uma coisa, ouvi-lo é outra. Dar crédito às suas reivindicações é o mínimo que qualquer dirigente público bem intencionado deveria fazê-lo, ao invés de apenas propagandear a sua “boa vontade” em escutá-lo. Varginha para sair do patamar administrativo em que se encontra, precisa bem mais de ação do que discurso. A campanha eleitoral a muito já passou e muito do que foi prometido ainda tem a chancela de promessa eleitoreira. O Aterro sanitário, por exemplo, que segundo o então candidato e hoje prefeito seria inaugurado em novembro daquele ano eleitoral, até hoje continua sendo empurrado com a barriga. As obras foram iniciadas em março de 2007, com a promessa de que a sua inauguração seria em outubro do mesmo ano, desde então já se passaram outros outubros e tudo continua como dantes, ou seja, o aterro sanitário de Varginha é o primeiro aterro virtual que se conhece ou desconhece. Aliás, até parece ter alguma coisa de ET nisso, já que uns acreditam que existe, outros não.

Ironias, à parte, a verdade é que já se passaram quase quatro anos e a incompetência e o desrespeito a esta que é uma situação ambiental de grande envergadura permanece. E aí há que se perguntar: “ Isso é democrático?” Para que serviram ou servem tantas conferências, encontros reuniões, etc., se não há compromisso em fazer o que é básico? A democracia também deve ser sustentável!

Até breve.

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