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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Perdas e ganhos; União dos descontentes; Ganhando aliados; Futurologia; Clube VIP
10/07/2020
 
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Perdas e ganhos

O deputado federal Dimas Fabiano (PP) conseguiu a liberação de outro recurso federal para investimento em Varginha. Desta vez, serão R$ 500 mil para modernização do Mercado do Produtor, que foram liberados por meio de emenda parlamentar de Dimas Fabiano, nesta semana. O recurso chega em boa hora, visto que o Mercado do Produtor precisa de melhorias, cobertura da área externa, ampliação das lojas, estacionamento etc. Sem falar que o projeto inicial de trazer uma unidade do Ceasa Minas para Varginha parece “ter ido pro saco”, depois da falta de vontade política local e, agora, com o desejo do Governo Federal de vender o Ceasa. O município tenta trazer o Ceasa para Varginha há mais de 20 anos, contudo o projeto só começou a andar depois que o deputado federal Dimas Fabiano buscou a direção da empresa estatal para cobrar providências. Todavia, o preparação interna da empresa para ser vendida e o comando do governo federal é para congelar a criação de novas unidades no interior, daí a sensação de que Varginha “perdeu a vez”. De qualquer forma, a transformação do Mercado do Produtor em um mercado moderno e modelo, aos moldes do Ceasa Minas, depende fundamentalmente da desapropriação de terras nas proximidades do atual mercado, o que não fica barato. Mais uma razão para que a cidade tenha um parlamentar federal que possa angariar recursos extras junto ao Governo Federal, que é onde esta o dinheiro nestes tempos!

Perdas e ganhos – 02

Depois que a Gazeta de Varginha, com exclusividade, informou que Varginha estava perdendo a linha aérea da Azul com Belo Horizonte, toda a imprensa voltou-se para a Prefeitura de Varginha. Claro que a saída da Azul de Varginha é mais um fato triste motivado pela pandemia do Covid-19, que já afetou o comércio local com fechamento estimado de 1.500 vagas, o que mostra que mesmo cidades ricas como Varginha estão vulneráveis a solavancos na economia. Isso mostra que o Executivo não pode ficar parado e nem ter “salto alto” no enfrentamento dos problemas. A Prefeitura de Varginha disse que já sabia da saída da Azul e que já conversa com outra empresa que manifestou desejo de instalar-se na cidade e prosseguir com a linha aérea Varginha – Belo Horizonte. Nos bastidores a Coluna teve acesso a informação de que o município não tinha mesmo certeza da saída da Azul e tentava reverter o caso, antes da notícia dada em primeira mão pela Gazeta. Ademais, a empresa que a Prefeitura de Varginha diz estar em estudo para assumir a linha aérea da Azul é bem menor e vai precisar de uma série de protocolos e permissões estaduais e federais para operar os voos de BH para Varginha. Mesmo a linha sendo uma das poucas lucrativas de BH com o interior, é bem provável que a empresa que assumir a conexão BH – Varginha – BH não terá a mesma rentabilidade da Azul, em razão do pós crise após o isolamento. Isso se montra preocupante quanto a real intenção de se reativar a linha aérea e sua eventual permanência nos tempos que virão! Em tempo de pré-eleição, onde o atual prefeito é candidato a reeleição, fico a questionar. Será que se Varginha realmente não tiver chance de voltar com a ligação aérea com a Capital, o governo municipal iria dizer a verdade antes das eleições ou manter a ilusão até passar a disputa eleitoral?

União dos descontentes

No início do processo eleitoral, quando tínhamos 6, 7 ou mais pré-candidatos a prefeito, um grande número de lideranças que tinham restrição a um ou outro candidato, orbitavam o principal concorrente direto do seu desafeto político que não queriam ver no poder. Isso é natural! Mesmo porque, tendo em vista que nenhum dos pré-candidatos tinha, aquela altura, programa de governo, cabia aos descontentes se reunir em torno daquele que achavam ser forte para não deixar um adversário chegar ou permanecer no poder. Neste sentido, por exemplo, o professor Francisco Graça Moura, contribuiu com dicas para o planejamento de campanha do então pré-candidato Leonardo Ciacci ao governo municipal. Enquanto que, do outro lado, o também professor Stefano Barra Gazzola, dava dicas a Vérdi Melo para sua pré-campanha de reeleição. Passado o tempo, Vérdi Melo e Ciacci se unem e muitos descontentes buscam outros caminhos. Graça Moura estaria agora contribuindo com Zacarias Piva. Já Stefano Gazzola é sondado por outras alianças políticas na cidade, mas é muito provável que, estará contra a reeleição ou de braços cruzados acompanhando de camarote. A coluna citou dos exemplos apenas para não ter que descer a minúcias de diversos partidos onde existem descontentes, MDB, PSDB, PT, PCdoB etc. Os descontentes possuem um momento político natural. Aqueles que tem “força política própria” tem ainda a opção de mostrarem sua contrariedade para serem convencidos ou fazerem oposição dentro da legenda. Mas a maioria prefere mesmo “cruzar os braços” e deixar seus partidos e candidatos a própria sorte. Esta ação é bem perigosa pois pode dar uma falsa impressão de força aos candidatos. Por exemplo, o discurso arrogante de “já ganhou” no QG de Vérdi e Ciacci deve-se a união da estrutura e aliados dos dois candidatos, que até bem pouco tempo eram concorrentes. Todavia, não está sendo computado nesta equação os muitos apoiadores que viram os discursos de Ciacci contra o prefeito e agora “esfriaram” diante da união. De igual forma, aqueles que viam um “novo caminho” para Vérdi sem o PP, agora estão de braços cruzados diante da nova composição da chapa governista. Vida que segue!

Perguntar não ofende

Se o PT tiver candidato a Prefeitura de Varginha, será que a tentativa de “bater o carimbo de PT” no candidato Rogério Bueno (PSB) vai dar certo? Existindo candidatura do PT e do PSB, os moderados do PT vão pro PSB ou os xiitas do PSB vão pro PT? A conferir!

Copasa vai reajustar as taxas de água e esgoto, já a Cemig pleiteia um reajuste superior a 3% em plena pandemia. Será que a direção destas empresas sabem o que está acontecendo no mundo e na economia ou está faltando dinheiro pro jeton?

A OAB Varginha criou sala para a realização de videoconferência e audiência aos advogados locais. Só falta a OAB convencer o Judiciário local a voltar a trabalhar, será que os magistrados sairão para trabalhar da mesma forma que foram a posse do TJMG?

Será que o pré-candidato a prefeito Zacarias Piva vai aceitar o médico Vismário Camargos como candidato a vice-prefeito por falta de apoio e adesão de outros partidos ou para não perder o apoio do Democratas? Porque a candidatura do PSL parou de crescer?

Ganhando aliados

O PSD do deputado federal Diego Andrade é um dos partidos do famoso centrão que vem ganhando adesão de diversas lideranças por todo o Brasil. O PSD é controlado nacionalmente pelo ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro de Lula, Gilberto Kassab. Em Minas Gerais o deputado federal Diego Andrade é quem dá as cartas e também é o coordenador da bancada mineira. Andrade é conhecido em Varginha com mais de 8 mil votos em eleições passadas. Diego Andrade também tem destinado a Varginha algumas de suas emendas parlamentares, focando na área de saúde. Mesmo vivendo uma efervecência em âmbito nacional, em Varginha o PSD caminha de lado, sem candidato forte a Prefeitura de Varginha, a legenda tem feito poucas articulações e caminha para ser vice na terceira via ou mesmo na oposição, ou aceitar apenas integrar uma das chapas que vão disputar o governo municipal. Certo mesmo é que o PSD não vai apoiar a reeleição e vai apostar nisso! Diego Andrade precisa se manter com base forte em Varginha e para isso é fundamental manter seu grupo na cidade, daí a necessidade de apoiar alguém. Armando Fortunato e Carlos Ailton (Carlão), são os principais nomes da legenda na cidade, que pouco acrescentariam em votos nas chapas pré-existentes. Todavia, o PSD tem mais no seu “combo político local”. A legenda é pequena em integrantes, o que significa menos cargos demandados em caso de vitória, porém o partido é mediano em fundo eleitoral e tempo de rádio e TV, o que é valioso em eleições municipais televisadas, como o caso de Varginha. Outro ponto de destaque é que, se Diego Andrade quiser, seu nome/aliado político na cidade pode ser “bem tratado” nos governo estadual e federal, com destaque para o Federal. No âmbito estadual Diego Andrade já conseguiu emplacar o destemperado e despreparado presidente do Conselho de Administração do Hospital Regional, que não apresenta balancetes de prestação de contas pública de sua gestão no hospital.   

Ganhando aliados – 02

Já no Governo Federal, a influência de Diego Andrade é bem maior que no falido governo estadual. Em Brasília o PSD de Diego Andrade tem penetração em todos os ministérios e o próprio Diego Andrade é visitante comum no círculo próximo do presidente Jair Bolsonaro. Mas seus aliados em Varginha parecem não estar gozando do mesmo prestigio, pois o PSD em Varginha e seus pré-candidatos não se mostram “atraentes” aos demais grupos políticos. O PSD foi sondado para vice do PT na cidade, todavia, a exemplo de outras legendas, todos querem saber primeiro quem será o candidato ou candidata do PT à Prefeitura de Varginha, para depois responder se aceitam ou não a vice. O PSD sabe que se a candidata a prefeita for Geiza Teixeira aumentam muito as chances do PT voltar ao poder em Varginha. Ocorre que, no diretório petista local, poucos nomes têm tamanha rejeição como Armando Fortunato (PSD) que já foi apoiado por petistas no passado e teriam se desentendido. Já Carlos Ailton (Carlão), começou sua vida política no PT, mas saiu da legenda no passado e não tem muita afinidade com seus ex companheiros. Em resumo, o PSD é mais cobiçado pelo que possui politicamente do que por seus pré-candidatos, mas isso muda em caso de união do PT com o MDB na dobradinha dos sonhos petista com Geisa Teixeira como prefeita e Carlos Costa de vice, tendo o PSD na mesma aliança. A composição garantiria votos, estrutura e recurso sem perder o discurso de oposição e garantindo pouco espaço a aliado e ao PT, como eles sempre gostaram. O complicado é convencer o MDB e o PSD a entrarem no barco, mais isso não parece difícil para alguns petistas, que alegam já terem feito o mais difícil: convencer Geisa Teixeira a voltar para a política! Será?

Futurologia

A coluna já consultou 6 pesquisas eleitorais para o Executivo municipal. Ambos os levantamentos foram feitos por grupos políticos e empresariais de forma a ter conhecimento interno do quadro político local. Obviamente que os levantamentos eleitorais não foram registrados, por isso não podem ser divulgados. Mas o fato curioso é que a população não está nada interessada em política no momento. Em uma conversa com analistas políticos estaduais que realizaram sondagens em outras cidades também, o movimento é o mesmo, e se repete também para o caso das eleições legislativas. Não é mistério que a população de Varginha é ainda menos ligada com o que se passa na Câmara de Vereadores, infelizmente. Muitos cidadãos de Varginha ainda acham que nomes como Pé de Chumbo ou Serginho Japonês ainda são vereadores, ou seja, há um total desconhecimento de quem são e o que fazem nossos vereadores, exceto, é claro, o radialista Carlos Costa (MDB) que mantém constante trabalho social e jornalístico na cidade, além do vereador Leonardo Ciacci, que já presidiu a casa várias vezes e “mantém-se no palanque 24 horas”, afora isso, os demais passam desapercebidos pela grande maioria da sociedade varginhense. Estas informações levam a constatação, segundo os analistas políticos, de que teremos uma enorme renovação no Legislativo municipal. O que, na verdade, é muito bom! Afinal, um Legislativo que não é percebido é porque não atua bem e não mostra sua utilidade. Vale destacar que nesta eleição teremos um panorama diferente dos demais. Muitos vereadores não serão candidatos a reeleição pois vão disputar vaga no Executivo ou mesmo vão apoiar outros nomes da família, ou simplesmente estão deixando a política (algo raro). Esses fatores somados ao desinteresse da população e porque não dizer descontentamento do povo com os vereadores, pode resultar numa “Câmara desconhecida” na próxima legislatura. E não custa dizer que o Legislativo municipal é o berço dos verdadeiros líderes populares, por tratar-se do primeiro degrau de poder político no Brasil. Assim, Varginha, em meio aos muitos problemas e desabores que a população está passando, pode estar entrando num ciclo virtuoso de criação de novos líderes. Agora é só combinar com o eleitor para que aproveite esta oportunidade para votar com consciência e responsabilidade e não com sarcasmo e revolta! A conferir o que nos espera nas urnas!

Clube VIP

Depois de formada a chapa governista tendo Vérdi Melo como candidato a prefeito e Leonardo Ciacci como vice, o “núcleo duro” da campanha a reeleição ganha nova composição. Como a coluna já havia dito, fazem parte do “clube VIP de poder” o próprio prefeito Vérdi Melo, além do seu homem de confiança Carlos Honório Ottoni Junior (Honorinho), também o chefe de gabinete Leandro Acayaba, o vereador do PTB Dudu Ottoni e agora também integrando o grupo o candidato a vice Leonardo Ciacci. O mais curioso é que se formos consultar o passado político recente, ambos os integrantes do grupeto, em vários momentos da vida pública já estiveram as “turras um com o outro”! Como se diz, “se o Amor cura feridas com o tempo, o interesse pelo poder cicatriza imediatamente mágoas e trairagens do passado”! Não é mesmo?
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