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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Zema na região; Elo entre governos e região; Os últimos negociantes; Obras e revitalização
12/08/2020
 
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Zema na região

Na última sexta-feira 7/08, o governador Romeu Zema esteve no Sul e Oeste de Minas, visitando Três Pontas e Oliveira. Zema veio a região entregar respiradores pulmonares e anunciar investimentos na Saúde, tendo em vista as carências dos municípios diante da pandemia do Coronavírus. Os constantes investimentos em hospitais de estruturas permanentes serão um legado que as ações de enfrentamento à pandemia deixarão para o Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado. De fevereiro a agosto deste ano, foram abertos 1.678 leitos de UTI em Minas Gerais, o equivalente a um aumento de 81%. Do t otal de novos leitos de UTI viabilizados no estado, 220 estão na macrorregião de Saúde Sul. Antes da pandemia, eram 281 unidades, número que passou agora para 501, expansão de 78%. Como resultado, Minas apresenta a menor taxa de óbito pela covid-19 por 100 mil habitantes no país. Com relação à qualificação da rede de saúde pública do Estado, o governo adquiriu 1.047 respiradores para auxiliar os municípios no enfrentamento à pandemia. Outros 343 equipamentos foram enviados pelo Ministério da Saúde, sendo 174 para uso em UTIs, além de 169 ventiladores de transporte, utilizados em ambulâncias. Na visita a Três Pontas Zema esteve com o deputado federal Diego Andrade (PSD) que levou o governador nas obras do distrito industrial de Três Pontas. Diego Andrade é o coordenador da bancada mineira na Câmara dos Deputados e tem dado especial atenção a Saúde. Em que pese a prioridade de Diego para destinar recursos à Saúde e a grande ampliação da estrutura de UTI em Minas, o maior responsável pelos investimentos é o Governo Federal liderado por Bolsonaro.

Elo entre governos e região

O deputado Diego Andrade tem sido o maior elo entre Zema e a bancada federal. O deputado federal tem se aproximado do governador e indicou cargos na estrutura pública estadual como a direção do Hospital Regional do Sul de Minas, em Varginha. Também próximo do presidente Bolsonaro, o presidente do PSD mineiro Diego Andrade tem sido interlocutor de muitas mensagens que o presidente envia a autoridades estaduais e municipais mineiras. Certamente que o crescimento da influência política de Andrade no âmbito estadual e federal não é a mesma na esfera municipal. Em Varginha onde Diego Andrade já conseguiu grandes votações, o seu PSD não tem mostrado eficiência em articular uma can didatura própria para defender a legenda e seu presidente estadual. Há até rumores que o PSD poderia aderir a campanha de reeleição de Vérdi Melo (Avantes), inchando ainda mais o palanque que hoje já tem dois federais Luis Thibé (Avantes) e Dimas Fabiano (PP). Sem falar que há rumores que em 2022, Stefano Gazzola pode ser o candidato a deputado federal que reuniria a maior parte da base que hoje apoia Véerdi Melo. Não sabemos se realmente Diego Andrade vai se empenhar para que o PSD tenha candidato próprio ou pelo menos um vice nas eleições municipais em Varginha. Caso o PSD opte por apoiar a reeleição, já vai sabendo que “vai dividir o prato com muitos, e pode nem ter o que beliscar”.

Os últimos negociantes

Chegando a data final para as convenções partidárias e fechamento dos grupos políticos locais, muitas legendas ainda estão indefinidas. É o caso do PT que não anunciou quem será o candidato (ou candidata) à Prefeitura de Varginha, ainda mais depois que a ex-deputada Geisa Teixeira desistiu da disputa. Também sem definição está o PSB, que tem Rogério Bueno como candidato a prefeito, mas não concluiu negociações para conseguir um vice e nem mesmo tem ampliado seu leque de apoios. Caso semelhante este o PSD, que a princípio iria lançar candidato, porém vem “esfriando” e pode apoiar outras legendas. O PSDB disse que tem candidato a prefeito, na pessoa do empresário Andersom Martins, porém não tem definido quem poderá ser o vice. Mesma situação esta o PCdoB com Jonas Loureiro, também sem vice. Já o MDB, que recentemente perdeu seu maior nome para o Legislativo, o saudoso Carlos Costa, pode negociar com o PSL, PSB ou com a chapa governista que busca a reeleição. O PSL também negocia um vice com o Democratas que também tem “conversado pouco” nas articulações municipais de 2020. A coluna levantou que alguns partidos ainda estão em débito com a Justiça Eleitoral e, caso não regularizem sua situação podem nem mesmo lançar candidatos.

Propaganda enganosa ou duvidosa?

Alguns vereadores que estão na busca da reeleição estão aproveitando este período para “mostrar serviço” junto ao eleitor. Alguns buscam aproximar do eleitor fazendo pequenas reuniões e buscando líderes comunitários beneficiados com requerimentos e pedidos no Legislativo. Já outros mais “inocentes”, estão enviando mensagens eletrônicas informando sobre a conquista de recursos investidos na cidade, principalmente na área de saúde. Tais mensagens estão sendo enviadas a milhares de eleitores, alguns nem mesmo votam em Varginha. Mas o foco das mensagens é que grande parte dos recursos investidos na cidade não são de autoria do vereador que propagandeia o investimento, mas sim de deputados federais que destinaram emendas parlamentares a Varginha. Existe ainda os investimentos genéricos como o caso da maioria dos recursos federais vindos à Varginha, que foram aprovados por votação da maioria da Câmara dos Deputados em Brasília ou mesmo emendas de bancada. Porém, nas mensagens enviadas pelo jovem vereador que busca a reeleição, dá-se a entender que o recurso investido na saúde local é uma “conquista do vereador, quando muito, uma vitória conjunta da deputada federal e do vereador de Varginha”, o que sabemos não é verdade! Já não é de agora que a coluna tem informado que as notícias recebidas por meio eletrônico e redes sociais não são confiáveis, uma vez que não há “responsável legal” por elas, diferente das notícias veiculadas em jornais impressos, TVs e rádios por exemplo, onde é feito um trabalho jornalístico de investigação e apuração, além de um corpo de jornalistas que se responsabilizam criminalmente pelo que é divulgado. Trocando em miúdos, o que se recebe por Watshapp, lê-se no Facebook etc, se não for enganoso, no mínimo, é duvidoso!

Disse me disse

Como acontece sempre durante as eleições, a coluna tem sido replicada, em partes ou toda, em diversas redes sociais, sites e grupos de mensagens. Nem sempre a informação é passada da forma como é publicada e também nem sempre se pode fornecer a fonte da informação, visto que sempre tivemos o compromisso de checagem dos dados passados, bem como o sigilo da fonte. Razão pela qual temos fontes que comunicam com este jornalista diariamente passando dados que fundamentam diversos furos jornalísticos eleitorais que noticiamos aqui em primeira mão. Como por exemplo, a formalização da dobradinha Vérdi Melo e Leonardo Ciacci, noticiada primeiro pela coluna. Neste sentido, nossas fontes acompanham ou tem notícia de diversas articulações, falas “impróprias ou impensadas”, fechamentos políticos e informações importantes sobre as eleições ou sobre os governos que atingem diretamente o mundo político. Tais informações, depois de publicadas surtem grande efeito e, naturalmente e obviamente, são negadas e depois reconhecidas mais tarde pelas autoridades envolvidas. Muitas das vezes, mesmo após contestar o que foi publicado, as informações dadas pela coluna encontram fácil reconhecimento e veracidade junto as pessoas que conhecem as autoridades citadas e seus “comportamentos, soberba e/ou modus operandi”. Até mesmo porque, a coluna não ofende ninguém ou indica crimes nos seus apontamentos políticos, mas tão somente fala de comportamentos das autoridades, que podem ou não serem censuradas dependendo do pensamento de quem lê a nota. Desta forma, após confirmar os fatos e falas, continuamos noticiando o que chega até a coluna, agradando ou não “homens fortes ou fracos” do poder local. Afinal, “quem está na chuva, precisa saber que molhar não é opção, mas questão de tempo”.

A César o que é de César

Neste momento de pandemia e recuperação econômica por que passa todo o mundo, grande parte das empresas de energia do Brasil estão praticando aumento nas tarifas. É o caso de grandes empresas de energia com as de São Paulo, Bahia e Paraná. Todavia, em Minas Gerais, a Cemig, que é uma das maiores empresas do Brasil tomou caminho inverso e não vai praticar aumento tendo em vista uma vitória na Justiça que contribuiu para fortalecimento do caixa da empresa. A Cemig também é uma das empresas que mais paga impostos e contribuiu com as ações do Governo de Minas, sendo também uma das empresas que mais apoia a Cultura e a Tecnologia em Minas, ainda mais em tempos difíceis como os que vivemos agora. Claro que tais decisões administrativas da Cemig devem-se muito ao fato do controle acionário da empresa ser do Governo de Minas, mas ilustra bem a mudança de administração da empresa que permanece com sua gestão fiscal responsável e lucrativa, sem abandonar as ações de responsabilidade social.

Cesta básica tem elevação em Varginha

Após dois meses consecutivos de queda, o Índice da Cesta Básica em Varginha (ICB-UNIS) apresentou elevação de 2,46% entre os meses de julho e agosto. A pesquisa é realizada através da coleta dos preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade. Em 12 meses, de agosto de 2019 a agosto de 2020, o valor da cesta básica em Varginha apresentou um aumento de 9,82%. Já no acumulado de 2020 há uma pequena deflação de -0,73%. A pesquisa verificou que neste mês de agosto o valor mensal da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Varginha é de R$405,24, correspondendo a 42,15% do salário mínimo líquido. Dessa forma, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 85 horas e 19 minutos por mês para adquirir essa cesta. Entre os meses de julho e agosto de 2020, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Varginha, nove tiveram alta nos preços médios, são eles: tomate, óleo de soja, banana, leite integral, carne bovina, arroz, farinha de trigo, manteiga e açúcar refinado. Quatro produtos tiveram queda em seus preços médios, são eles: batata, feijão carioquinha, pão francês e café em pó. É notório mais uma vez o comportamento da oferta e demanda dos produtos na composição dos seus preços médios e do índice da inflação da cesta básica em Varginha.

Obras e revitalização

A Prefeitura de Varginha iniciou mais uma etapa da revitalização do centro da cidade, desta vez na rua Delfim Moreira entre o calçadão da Rua Wenceslau Braz e Rua Deputado Ribeiro de Resende. Os recursos são oriundos do empréstimo que o município realizou no valor total de R$ 26 milhões, que tem sido liberado em etapas. Com a obra, o trecho foi interrompido para o tráfego de veículos e houve mudanças temporárias no trânsito. A obra é uma das cobranças dos comerciantes locais e certamente vai melhorar o ambiente de negócios na cidade. Diversas obras estão previstas por toda a cidade e certamente a Prefeitura de Varginha acerta quando investe em melhorias e modernizações. Mas todos nós sabemos o porque do governo escolher uma obra no centro da cidade ao invés de uma canalização ou asfaltamento na periferia: efeito reeleição, claro! O que não é pecado nem ilegal. Mas ilustra a tônica que movimenta o governo até novembro. O foco da administração está na realização de obras de “vulto midiático imediato e visualização pelo máximo de pessoas”, razão pela qual a rua Delfim Moreira é a bola da vez. Em tempo, vamos esperar para que a Rua José Bíscaro, entre o Mercado do Produtor e o Posto Britos seja ampliada ou para que a Av. dos Imigrantes torne-se a tão sonhada via de mão única e tantas outras obras realmente emergências sejam realizadas. Sabemos que tais obras são urgentes e vão um dia serem realizadas, não sabemos quando! Quem sabe, nas eleições de 2022, ou 2024?

Perguntar não ofende

Apenas dois dos pré-candidatos a prefeito iniciaram sua campanha pela internet. Postando realizações e projetos que gostariam de implantar. Será que os demais pré-candidatos não possuem projetos, assessoria eleitoral ou é mesmo falta de vontade política para disputar?

O crescimento dos infectados e mortos pela Covid-19 em Varginha pode ser responsabilidade do prefeito? Qual a responsabilidade da população que não respeita a quarentena? E dos comerciantes que burlam as proibições de abertura? Ou são todos?

Em plena pandemia e dificuldades econômicas generalizadas, alguns “negócios proibidos” não param de funcionar. É o caso do tráfico de drogas, roubos e outras atividades da malandragem. Será que existem estudos que informam se tais ações aumentaram ou não?

Quem são os candidatos a vices prefeitos cobiçados por PSL, PSB, PSDB e PT? O que tais partidos precisam fazer ou abrir mão para conseguir montar a chapa necessária e quais as legendas que devem adotar a chapa “puro sangue” por não conseguirem ninguém em 2020?
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