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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Eleições 2020; Obras e Obras; O municipalista?; Índice da cesta tem maior alta
11/11/2020
 
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Eleições 2020

As eleições municipais caminham para a reta final e confirmando o que disse a coluna, aos “44 do segundo tempo” o eleitor começou a se interessar pelo tema. Ainda assim, não é difícil encontrar pelas ruas quem não se interessa ou participa da política eleitoral. Os valores apresentados pelos candidatos á Justiça Eleitoral também são uma informação “curiosa” a parte que deveria ser alvo da investigação de todos os eleitores. Principalmente quem ainda não definiu seu nome para a Câmara de vereadores. Ocorre que alguns poucos candidatos a vereador foram “contemplados” com generosas doações do fundo partidário, sendo que nem todo candidato recebeu tais “generosas doações”. E olha que candidatos do mesmo partido tiveram tratamentos distintos no quesito doação do fundo partidário. Ou seja, claramente houve o beneficiamento de alguns “peixes” na cidade. Este fato ocorreu em, no mínimo, 3 grupos políticos locais, e choca ver que candidatos com maior potencial de vitória tiveram menos recursos doados pelo Fundo eleitoral que outros vistos como peixes dos medalhões políticos da região. Outra informação também curiosa é a declaração patrimonial de alguns candidatos. Espanta ver que alguns deles são “incrivelmente pobres para a vida que levam, enquanto que outros, são incrivelmente ricos e ainda assim, aparecem na relação de doações e benefícios dos governos federal e até municipal”. Aliás, dizem que o governo federal divulgou a relação de beneficiados pelos recursos dados a “empregados e empresários que perderam recursos na pandemia, o chamado coronavoucher”. Em Varginha uma lista com candidatos aparece na lista. Será verdade? A coluna vai conferir!

Eleições 2020 – parte 02

Outra informação curiosa, também já antecipada pela coluna é que o “mundo digital” dominou a campanha eleitoral. Praticamente todos os candidatos majoritários tiveram equipes específicas para atuar no campo digital, bem como recursos bem maiores que nas eleições passadas para investir nesta área. Afinal, a campanha eleitoral deste ano basicamente se deu no digital por conta da pandemia. Falando em valores, alguns candidatos quiseram depreciar os três principais candidatos a prefeito, Vérdi Melo, Zacarias Piva e Rogério Bueno em razão da declaração de gastos das campanhas até aqui. Digo “principais candidatos” levando-se em conta os números das últimas pesquisas e também os recursos gastos. Nestes quesitos, Vérdi, Piva e Bueno são mesmos os principais candidatos e acredito que também no tempo de TV e possivelmente também na votação que terão. Os três devem protagonizar a maior disputa das eleições nos últimos anos. Contudo, é preciso registrar que, os valores gastos pelos três candidatos, (Vérdi, Piva e Bueno) embora diferente e aparentemente alto, na verdade, foi um dos menores valores gastos em consideração aos valores que se gastavam antigamente. As mudanças propostas pela Justiça Eleitoral, como redução do tempo de campanha, limitação de gastos com publicidade, entre outras acabaram por reduzir os gastos dos candidatos. Além disso, como disse a coluna, a pandemia também se encarregou de reduzir gastos como carreatas, comícios, santinhos de papel etc e focar na campanha digital.

Eleições 2020 – parte 03

A coluno obteve acesso a dois levantamentos eleitorais realizados por candidatos majoritários de Varginha. Tais levantamentos estão sendo realizados com frequência nesta reta final, mas os dados estão muito confusos porque “agora” que o eleitor começou a manifestar interesse pela política local. Assim, não se sabe se o resultado reflete a totalidade do pensamento do eleitorado ou apenas a parcela já envolvida nas eleições. Basicamente o que se vê é a simpatia crescente do eleitorado com a campanha de Zacarias Piva, que tem se apresentado como novidade da disputa, frente a Rogério Bueno que tem suas origens petistas escondidas. De outro lado, Vérdi Melo, que já caminha para 8 anos no governo. Quanto aos demais candidatos, embora tenham crescido em alguns nichos eleitorais, na verdade, não aparentam estrutura “político- eleitoral para peitar os demais”. Assim, Piva estaria surfando na onda do “voto útil para mudar a cidade”. Será? Não é bem assim! Primeiro porque Piva, embora candidato a prefeito pela primeira vez, até bem pouco tempo era um dos maiores apoiadores de Vérdi Melo e Antônio Silva, o que faz de Piva uma “novidade não tão nova”. Além disso, com a apatia do eleitorado, não se sabe se os que estão chegando agora para opinar sobre política são a maioria do eleitorado. Caso não seja, seria possível que na “última hora” algum dos 7 candidatos seja escolhido pelo eleitor, como já ocorreu no passado com o saudoso Mauro Teixeira. De qualquer forma, a liderança destacada de Vérdi Melo na última pesquisa divulgada faz com que Zacarias Piva, se realmente estiver crescendo, necessite de tempo para se mostrar e convencer o eleitorado, visto que Piva é desconhecido da maioria dos eleitores, diferente de Vérdi Melo.

Perguntar não ofende

Teremos votos de protesto na cidade nestas eleições o suficiente para eleger figuras caricatas e despreparadas para o Legislativo? Até que ponto vale a pena “desdenhar o poder do voto elegendo alguém que facilmente poderia ser enganado pelo sistema”?

Os “peixes” que receberam gordas doações do Fundo eleitoral por influência de medalhões da política acabou por causar mais revolta em outros candidatos do que no eleitor. Será que as doações ficaram mais caras aos doadores que aos beneficiados?

Mesmo com a grande campanha digital, os santinhos ainda são vistos pela rua e muitas vezes pelo chão. Será que vamos ver neste ano as deprimentes cenas de toneladas de papel jogadas próximas as seções de votação na manhã das eleições?

Você já leu o plano de governo apresentado pelo seu candidato a prefeito? Já verificou sua ficha perante a Justiça? Já analisou a declaração de bens e rendas do candidato que você quer votar em 15 e novembro? Tais informações são públicas e estão na net.

Obras e Obras

O episódio de parte da Avenida Princesa do Sul, nas proximidades da Casa Auxiliadora, que tem sido inundada quando das fortes chuvas que caem em Varginha, é um forte exemplo da falta de planejamento e manutenção de áreas importantes da cidade. Aquela avenida é, há décadas, a principal via de acesso à cidade. E pelo desenvolvimento que temos atualmente vai continuar sendo. Contudo, é necessário que o planejamento da cidade, realizado pelo Executivo ou mesmo imposto pelo Plano Diretor seja eficiente para garantir que as estruturas viárias da cidade sejam ampliadas, estruturadas ou no mínimo tenham a manutenção necessária. Varginha cresceu, novos bairros e avenidas foram criados e a cidade “asfaltada” não deu lugar para que a água da chuva escoe ou penetre no solo, razão pela qual vemos problemas de inundações como o ocorrido na avenida Princesa do Sul. Outras avenidas também sofrem com isso, como a avenida Zoroastro Franco de Carvalho, no bairro Santa Maria, que viu diversos bairros surgirem ao seu redor e toda a água da chuva que antes era drenada pelo solo, agora e redirecionada para a calha do ribeirão que corre rente aquela avenida. Há algum tempo, após uma forte chuva, dezenas de casas na avenida Zoroastro Franco de Carvalho foram invadidas por muita lama depois que o ribeirão transbordou e inundou a região. O plano diretor da cidade, aprovado com muito “custo, suor e fórceps político” em Varginha garante que não teremos mais estruturas construídas sem planejamento futuro na cidade. Todavia, é preciso que o governo municipal tenha a coragem e também o recurso de ampliar e modernizar as estruturas públicas existentes hoje na cidade. Será que foi claro, o precisa desenhar?

O municipalista?

O governador Romeu Zema viu que sua vitória em 2018 veio do interior de Minas e que talvez por isso tem dedicado esforço para manter em dia os repasses acordado com os municípios que sofreram muito na gestão de Pimentel quando foi subtraído irregularmente bilhões de reais das prefeituras mineiras. Isso causou uma oposição intensa do interior que culminou com a reprovação de Pimentel e do PT junto a população, imprensa e os prefeitos do interior. Zema continua com um caixa magro como Pimentel, contudo, tem dado especial atenção aos municípios e agora passou a fazer mais visitas as pequenas e médias cidades do interior. Nas visitas Zema fala com políticos locais, populares, concede entrevistas a imprensa local e tem feito o registro digital de todas estas visitas. Claramente a assessoria do governador prepara o “campo para as disputas de 2022”. O governo de Minas sabe que quando fecharem as urnas municipais em 15 de novembro, o foco virá automaticamente para os âmbitos estadual e federal. Bolsonaro já tem forte oposição e muitos que criticam suas ações. Todavia o Bolsonarismo também tem muitos apoiadores gratuitos por todas as cidades do Brasil, mesmo que saibamos que os outdoors que vemos espalhados por algumas cidades do interior são uma construção política articulada por Brasília. Mas o fato é que Zema não tem torcida a favor pelo interior de Minas e talvez seja isso que ele queira criar com esta mudança de postura assumindo um jeito mais municipalista. Sem falar no sotaque “caipira que já virou marca registrada que realmente expressa a simplicidade de um empresário rico que agora também tem poder político. Fato é que, mesmo sendo pessoa simples e tímido, Zema gostou do poder e vai com tudo buscar a reeleição. O governador tem a vantagem de não ter oposição ferrenha espalhada como Bolsonaro. Seus pontos de oposição estão na ALMG e em algumas poucas figuras políticas que miram em 2022. Mas certamente que Zema terá oposição, que deve se mobilizar de BH para o restante do estado. E Zema, pelo visto, quer construir seu “exército” partindo do interior. Será que a assessoria de Zema tem em mente que se a conquista do interior não começar agora, dificilmente ela será conquistada a poucas semanas da eleição?

FIEMG celebra derrubada de vetos que prejudicam a produtividade no país

O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Flávio Roscoe, celebrou a derrubada pelo Congresso Nacional do veto presidencial 26/2020, que trata da Participação de Lucros e Resultados (PLR) e a desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores. “Hoje tivemos duas importantes vitórias amplamente defendidas pela FIEMG. A primeira foi a manutenção da desoneração da folha de pagamento. Dessa maneira, milhões de empregos serão preservados e o custo do trabalho pode cair, possibilitando uma ampliação do número de trabalhadores”, explicou o líder industrial. O outro item que reflete diretamente na vida do trabalhador diz respeito à tributação da PRL, um benefício usado por diversas empresas para premiar o bom desempenho dos seus funcionários. “É um instrumento que foi incorporado no mundo do trabalho e que modernizou nossas instituições. Ela é fundamental e já virou um complemento de renda para vários trabalhadores. A PLR nunca teve encargos, mas nos últimos tempos a Receita Federal começou a autuar as empresas e exigir encargos”. Roscoe destacou ainda a importante atuação da FIEMG em favor destas medidas que contribuem para a produtividade do setor empresarial. “Conseguimos, junto à nossa bancada no Senado e no Congresso Federal, a derrubada deste veto. Para as empresas, as medidas trazem a segurança jurídica, para os empregados, a manutenção de um importante benefício, para o Brasil, o aumento de produtividade dos nossos negócios”, comemorou o presidente da Federação mineira.

Índice da cesta tem maior alta

O Índice da Cesta Básica em Varginha (ICB-UNIS), calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis, apresentou alta de 12,69% entre os meses de outubro e novembro deste ano. Foi a maior elevação do índice no ano de 2020 e a segunda maior desde o início da pesquisa em junho de 2018. As consideráveis elevações de preços em itens como tomate, batata e óleo de soja contribuíram muito para esse aumento. Serão estes os tão falados reflexos da pandemia?
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