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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Maquiagem dos números; Notícia boa; Segurança Pública; Investimento responsável; De moçinho a vilão; Os candidatáveis
09/04/2021
 
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Maquiagem dos números

Muito se tem divulgado sobre números da segurança pública em Varginha e toda Minas Gerais. Principalmente as forças de segurança como Policia Militar, Civil e Guarda Municipal apresentam números que justifiquem ou aparentem que tais instituições estão em pleno trabalho e eficientes na sua missão de garantir segurança e prender bandidos. Contudo, os números da segurança pública e outras áreas em Varginha mostram apenas que a cidade a exemplo de quase todo o mundo vive o isolamento e paralisação social causado pela pandemia desde março de 2020, nada mais. Dizer que a redução de crimes é um efeito único da atuação das forças de segurança é mesmo atentar contra a inteligência do cidadão. Todos estão vendo que a grande redução de circulação de pessoas e mercadorias naturamente teria efeito nos números de assaltos, acidentes de trânsito, etc. A Guarda Municipal, Policia Militar e Civil vão mesmo mostrar seu valor quando tiver que conter a imensa massa de desempregados que, sem emprego ou socorro financeiro dos governos, partirem para arrastões e assaltos a supermercados como já se vê em estados como Rio de Janeiro e São Paulo. A conferir!

Notícia boa

Em tempos de muitas notícias ruins por todo lado, a informação de que o setor agrícola vem colhendo bons números de produção e exportação é uma maravilha. Ainda mais porque Varginha é uma das grandes exportadoras de café no Brasil e o produto agrícola e um dos que teve alta no mercado, a exemplo do milho, soja e carne, entre outros. A demanda por alimentos subiu muito, principalmente por causa de grandes consumidores como a China. O aumento do café, que tem variação anual de produção, pode significar um aumento de recurso circulando em Varginha, o que significa um alento ao comércio que tanto sofre na cidade. Em que pese a variação das fontes de renda da cidade, vinda de indústrias e o crescente comércio, o bom e velho café que patrocinou a industrialização do Brasil e faz parte da história nacional volta a ser uma “salvador da pátria” para muitas cidades do Sul de Minas.

Segurança Pública

A notícia de que dezenas de presos testaram positivo para a Covid-19 na cadeia pública de Alfenas, acendeu a luz amarela nas demais cadeias da região. Em Varginha a cadeia pública, que esta com super lotação há muitos anos está dentro da cidade ao lado de bairros muito populosos e próxima a UPA onde muitos casos de covid-19 foram identificados. Um fato curioso que talvez não se conheça é que nos atendimentos médicos públicos, a atenção a presos é priorizada acima do cidadão comum. Ou seja, se eventualmente ocorrer um surto de covid-19 na cadeia de Varginha, o atendimento aos presos precede o atendimento ao cidadão que está na fila, as vezes esperando horas ou dias por um atendimento. Seria mesmo um crime este tipo de coisa a esta altura!

Estado quebrado, Governo impotente ou ineficiente?

Circula nas redes sociais uma relação dos Estados brasileiros com o número de vacinas entregues pelo Governo Federal a cada unidade da federação e o número de vacinas efetivamente aplicadas em cada Estado. Na referida relação Minas Gerais estaria entre os estados que menos vacinou em relação ao número de vacinas que recebeu, bem como em relação a população que possui. Como os números da vacinação mudam todos os dias não houve como publicar aqui a relação recebida. Mas a informação de que Minas Gerais é um dos estados que menos possui vacinados, em relação a sua população, confere com a realidade atual. Onde está a eficiência do Governo de Minas que tanto propagandeia e pouco age? O governo do partido Novo não tem apresentado nada de novo em muitas das áreas da administração. Afinal, se o Governo Federal divulga números de gastos/investimentos e entrega de vacinas em Minas e tais números não correspondem com a entrega do Governo estadual é porque tem algo errado!

Investimento responsável

A empresa Telemont, com unidade em Varginha, vai realizar grande investimento local para contribuir com a vacinação na cidade. A empresa vai bancar pela realização de 9 pontos de “drive thru” na cidade destinados à vacinação. O investimento faz parte do esforço empresarial “Unidos pela Vacina”, que mobiliza indústrias de toda Minas Gerais e do Brasil. Não é a primeira vez que a iniciativa privada se mobiliza para contribuir com os governos no apoio a população. Vejam que neste momento toda ajuda é bem vinda e necessária. Os empresários de Varginha, de Minas e do Brasil mostram sua responsabilidade social e compromisso com as regiões onde estão instalados gerando emprego e renda. Bem diferente do “empresário explorador de vida fácil” que alguns políticos e radicais pregavam antes da pandemia! Aliás, alguém teve notícia de partidos políticos, CUT, CGT, movimento dos Sem Terra, UNE entre outros contribuindo com o esforço conjunto de apoio a população neste momento difícil?

De moçinho a vilão

Num país onde se nega a existência da pandemia e se atacam membros do Judiciário e do Ministério Público que no exercício da função prendem poderosos da política que roubaram a nação, não é surpresa os ataques a imprensa que tem se proliferado. No último dia 07 de abril, Dia do Jornalista, pouco se ouviu dizer sobre o importante papel da imprensa no Brasil. Digo da boa e imparcial Imprensa, afinal maus exemplos existem em qualquer meio. De médicos a políticos, passando por professores e jornalistas, temos maus profissionais em todas as áreas. Mas é fato que quando se tem um meio jornalístico enfraquecido a injustiça, ineficiência estatal e a miséria encontram campo fértil para proliferar. Uma imprensa forte e livre significa que não haverá instituições com superpoderes, acima da crítica ou tiranos no poder.

Varginha: empresariado com a confiança muito baixa

O Departamento de Pesquisa do Grupo Unis, junto ao Cesul Lab e ao Grupo de Estudos Econômicos do Sul de Minas (GEESUL), realizaram uma pesquisa para avaliar o índice de confiança do empresário de Varginha. As perguntas analisaram a percepção do empresário sobre vendas, inadimplência, segmento empresarial, contratações, investimentos e sobre a economia. Essa é a primeira pesquisa que agrega respostas obtidas com empresários do Conselho Empresarial do Sul de Minas (CESUL) de Varginha e empresários varginhenses externos ao conselho sobre a confiança nos negócios, referindo-se ao primeiro trimestre de 2021 e as perspectivas para o segundo trimestre deste ano. Os resultados demonstram um empresariado com a confiança muito baixa tanto no contexto do atual trimestre como na expectativa futura para o período seguinte. O índice geral de confiança (que agrega a visão atual e futura) atingiu o valor de 95,33, uma queda de 15,42 pontos em relação à última pesquisa realizada em dezembro de 2020, representando uma baixa considerável nas expectativas. Quando analisamos a visão sobre o trimestre atual, o resultado é 92,83, já quanto às previsões para o próximo trimestre o índice atinge o resultado de 97,83, tais resultados representam uma diminuição de 17,84 e 13 pontos, respectivamente, em comparação com o último trimestre de 2020. Esta é a segunda vez, desde o início da pesquisa em 2018, que os três indicadores ficam no campo negativo. A primeira vez que isso ocorreu foi no segundo trimestre de 2020 quando as primeiras ações de isolamento social foram adotadas para o combate à pandemia. Esses dois resultados demonstram como a piora da situação sanitária influencia na percepção atual e na perspectiva futura dos negócios. Por fim, reforçamos a necessidade de uma melhor articulação entre os entes governamentais nas decisões a serem tomadas no atual contexto pandêmico, bem como a primordial ampliação da vacinação e o retorno efetivo de programas de apoio financeiro às empresas a fim de que as expectativas possam melhorar nos próximos meses.

Os candidatáveis 

Nos bastidores da política local já começaram as “trucadas” com balões de ensaio sobre possíveis nomes que estarão disputando eleições em 2022, quando se elegerão deputados estaduais e federais. Quatro nomes já são especulados na cidade, alguns deles falam sem qualquer cerimônia que estarão mesmo disputando, mesmo que possuam chances mínimas de vitória. O primeiro nome a ventilar no cenário local foi do reitor do UNIS, Stefano Barra Gazzola, que sempre é apontado como candidato a prefeito sem nunca ter arriscado colocar o nome nas urnas. Uns dizem que Stefano Gazzola não vai querer abandonar seu confortável posto de comandante do UNIS para ingressar na disputada e “carnificina” vida política local. Outro nome que também foi ventilado nos bastidores seria do ex-secretário de Administração de Varginha Luiz Fernando Alfredo, que hoje está no MDB e que sempre atuou nos bastidores da política. Luis Fernando não possui recursos para uma candidatura ostensiva, mas tem conexões políticas com grandes medalhões da política regional e seria um dos maiores conhecedores dos bastidores da política municipal da última década. No “mercado político” não se acredita na candidatura a deputado de Luiz Fernando, mas muito se desconfia que o ex-secretário de Administração estaria apenas “segurando a vaga” para um amigo próximo que teria grandes chances reais de vitória: Antônio Silva.

Os candidatáveis – 02

Outro nome que já é visto como certo nas urnas é do ex-vereador de Varginha Zacarias Piva, que disputou as eleições municipais em 2020 ficando em segundo lugar na disputa. Piva foi vereador por dois mandatos e chegou a presidente da Câmara. O ex-vereador tomou gosto pela política e disse que não vai abandonar a área. Mesmo tendo mudado de partido e iniciado vida nova no PSL, onde inclusive conseguiu amizade com deputado federal que pretende trazer a Varginha em 2022. Piva certamente vem com muitos questionamentos municipais a fazer e não será uma “vingança da eleição perdida em 2020”. Alguns dizem que a disputa de 2022, será parte da melhor de três que pode se desenhar para 2024”, será? O quarto nome que foi jogado no “caldeirão de 2022” é o do secretário de Governo da Prefeitura de Varginha, Carlos Honório Ottoni Junior, popular Honorinho. Não se acredita que o ex-vereador e hoje secretário tenha chances reais, mas que estaria nesta história movido por “desavenças políticas, com intuito de incomodar desafetos que também vão disputar em 2022”, o que a coluna não acredita! Nas últimas eleições que participou Honorinho ficou “expert” no aprendizado de como arrecadar recursos para campanha, quem sabe seu estímulo seja mais “financeiro que político”? De qualquer forma, não será surpresa se uma eventual candidatura de Honorinho aparecer em 2022 arrebanhando algumas dezenas de votos xingando desafetos e arrecadando muitos milhares de reais por meio do “prestigio do cargo atual”. Será?

Números desconhecidos

Com o foco municipal no combate a pandemia do Covid-19, não se tem ouvido mais falar dos números da Dengue, da fila de espera para vagas nas creches municipais ou mesmo de outros problemas comuns na cidade antes da pandemia. Existem pessoas na fila esperando vagas de CTI ou enfermaria? Como está o tratamento de outras doenças como câncer, etc? E quanto as cirurgias cardíacas, demais cirurgias eletivas ou não, por quanto tempo podem ser represadas? Os hospitais públicos e privados de Varginha estão atuando em sintonia e preparados para dar escoamento ao grande volume de atendimentos? E quanto aos profissionais da saúde na cidade, estão sobrecarregados ou preparados? Outro ponto importante e que já foi noticiado na coluna é a falta de vagas no cemitério municipal. Com os impactos da pandemia, o cemitério municipal conseguiu espaço para mais sepultamentos? Estes números são desconhecidos e os responsáveis não fazem questão de informar, talvez porque a notícia não seja boa!  

ALMG anuncia investimentos de R$ 33 milhões para o combate à pandemia

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Agostinho Patrus (PV), anunciou a liberação de R$ 33 milhões, por meio de emendas parlamentares, para destinação às unidades de saúde de todo o Estado, com objetivo de reforçar as ações de combate à covid-19. O anúncio foi feito pelo deputado, nesta quarta-feira (7/4), por meio de suas redes sociais. “R$ 33 milhões serão destinados para o enfrentamento da pandemia nos municípios. São recursos de emendas parlamentares dos 77 deputados estaduais para mais leitos nos hospitais, mais medicamentos, mais equipamentos e mais ajuda para o custeio do atendimento aos doentes”, explicou. Será que algum dos muitos deputados estaduais votados em Varginha destinou recursos de emendas parlamentar à cidade? A conferir
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