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Notícias | Policiais

Detido em BH, ex-delegado de Varginha preso em operações tinha esquema de jogo do bicho e contrabando de cigarros no estado

Por Iago Almeida | 28/10/2020 - 15:34:14

Atualização em 28/10/2020 - 20h38

Após afirmação do Ministério Público de Minas Gerais, Gaeco apontou ainda ligação de Wellington Clair com empresário para a prática dos crimes 

Apontado em operação realizada pelo Ministério Público, na manhã desta terça-feira (27), o delegado Wellington Clair está detido em Belo Horizonte, capital mineira. Ele foi alvo da operação "Ilusionista", que apontou como cúmplice de um esquema para contrabando de cigarros e prática de jogo do bicho, com um empresário. 
 
"O delegado recebeu diversas vantagens das vendas, intermediou diversas vendas de cigarros do empresário e se comprometendo a tirar o cigarro do Paraguai, que circulava no Estado de Minas Gerais, não só no Sul de Minas, mas na região de Belo Horizonte, para colocar o cigarro do fabricante/empresário. Com isso, recebia porcentagens nas vendas desse cigarro em todo Estado de Minas Gerais. Ele recebia mensalmente vantagens indevidas para fazer vista grossa do jogo do bicho que ocorria na cidade”, confirmou o coordenador do Gaeco de Pouso Alegre, Fabiano Lurito.
 
O envolvido, no entanto, não teve o nome divulgado devido a acordo de delação na "Operação Ex-Fumo", entretanto, uma reportagem da EPTV Sul de Minas apontou o suspeito como sendo Rafael Góis. 
 
Wellington já trabalhou em Varginha quando ocupou o cargo de delegado regional entre 2018 e 2019 e estava afastado para concorrer a reeleição de vereador em São Gonçalo do Sapucaí. A operação "Ilusionista" é um desdobramento da "Operação Êxodo 23", realizada entre 2019 e 2020 e que apurou crimes no Departamento de Trânsito (Detran) em Varginha. Outros dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos ainda em endereços em São Gonçalo do Sapucaí.
 
Segundo o Gaeco, a ligação com o empresário começou quando Clair atuava como delegado em São Gonçalo do Sapucaí, por conta da política, e que eles mantinham uma relação muito próxima. A investigação concluiu ainda que o empresário emprestava para o delegado o avião particular para ele fazer viagens de negócios e teria pagado ainda um curso de oratória, avaliado em R$ 8 mil.
 
As investigações apontaram também que em 2017 a relação dos dois teria balançado, quando o delegado tentou extorquir o empresário, em troca de não fazer operações contra ele. Mas o acordo não foi feito. “Ele solicitou uma vantagem indevida para que não fossem cumpridos mandados em relação ao empresário e, de fato, essa operação foi realizada há algum tempo com o cumprimento de diversos mandados de busca e apreensão nos estabelecimentos do empresário”, completou o coordenador.
 
O delegado foi candidato a vereador eleito em 2016 e busca a reeleição este ano. Góis foi candidato a prefeito e ficou em segundo lugar na votação. Na época, a declaração de bens dele ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chamou a atenção: mais de R$ 188 milhões, sendo um dos mais ricos do Brasil.
 
CORREÇÃO – anteriormente tínhamos informado que Wellington Clair chegou a ser candidato a prefeito de São Gonçalo e que seu patrimônio chamou a atenção do TSE. Na verdade, quem se candidatou a prefeito e o patrimônio chamou a atenção da Justiça Eleitoral, foi o empresário Rafael Góis.
 
Com informações de EPTV/G1 Sul de Minas

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