A ONG Vida Viva de Varginha dedicada ao suporte de mais de quatro mil pacientes em tratamento oncológico, tornou-se alvo de um golpe. Um indivíduo tem se apresentado como voluntário da instituição para solicitar doações em dinheiro, frequentemente alegando a necessidade de adquirir fraldas para os pacientes. A Polícia Civil já está investigando o caso, e apura-se que o suspeito seria um ex-voluntário da organização.
Conforme informações divulgadas pela ONG e confirmadas pelas autoridades policiais, o golpista tem agido tanto presencialmente, abordando moradores em suas residências, quanto por meio de contato telefônico.
Em entrevista à EPTV, afiliada da Rede Globo, a advogada voluntária da ONG, Sônia Ramos, informou que o golpista é conhecido pela instituição e que denúncias sobre sua conduta já circulavam há mais de um ano. "O problema é que, até recentemente, ninguém queria representar criminalmente contra ele, o que dificultava qualquer ação concreta", explicou a advogada.
A situação tomou um novo rumo neste mês, quando a filha de uma paciente assistida pela ONG foi abordada pelo golpista. Em um momento de fragilidade emocional devido à recente perda da mãe, ela efetuou uma doação via PIX. Após a transferência, a vítima percebeu que os dados bancários não pertenciam à ONG e procurou o Vida Viva, expressando seu desejo de formalizar a denúncia. Este foi o primeiro registro oficial, o que possibilitou o início da investigação por parte da Polícia Civil.
A ONG Vida Viva reitera que não realiza abordagens presenciais em domicílios ou espaços públicos para solicitar doações. A instituição esclarece que todos os seus colaboradores oficiais utilizam uniforme e crachá de identificação, além de fornecerem recibos aos doadores previamente cadastrados. As ligações telefônicas para arrecadação são conduzidas exclusivamente por funcionários do setor de telemarketing da ONG, que possuem o devido treinamento.
Diante da situação, a ONG Vida Viva orienta a população que, em caso de qualquer dúvida, entre em contato diretamente pelo telefone oficial: (35) 3690-2900.
Segundo o Vida Viva, o suspeito já foi identificado como sendo um ex-voluntário. Todas as informações já foram repassadas às autoridades policiais para auxiliar na investigação.
A instituição enfatiza a importância das doações para a continuidade dos serviços prestados aos pacientes com câncer e ressalta que a colaboração da comunidade é essencial, porém, deve ser realizada de forma segura e consciente, utilizando os canais oficiais da ONG.
Com informações do G1 sul de Minas