Primeiro caso em granja comercial levanta preocupações, mas especialistas reforçam baixo risco de transmissão para pessoas.
A Influenza Aviária é uma doença viral que afeta principalmente aves, mas que, em raras ocasiões, pode infectar seres humanos. A transmissão para pessoas geralmente ocorre por meio do contato direto e prolongado com aves infectadas (vivas ou mortas) ou com seus dejetos e materiais contaminados. Profissionais que lidam diretamente com aves, como tratadores e trabalhadores de granjas, são considerados de maior risco, embora as ocorrências sejam incomuns.
É fundamental esclarecer que o consumo de carne de frango e ovos, seguindo as boas práticas de cozimento, não representa risco de transmissão da gripe aviária. O calor do cozimento inativa o vírus, tornando os alimentos seguros para o consumo. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tem enfatizado este ponto, buscando garantir a segurança alimentar da população e minimizar o impacto no mercado.
As medidas de controle e erradicação do foco em Montenegro já foram iniciadas pelas autoridades sanitárias, incluindo o isolamento da área, sacrifício das aves doentes e desinfecção das instalações, seguindo os protocolos internacionais. A vigilância epidemiológica em outras granjas e em aves silvestres na região também foi intensificada.
Embora o subtipo H5N1 tenha sido o predominante em surtos recentes em outros países e em aves silvestres no Brasil, a identificação precisa da cepa no caso de Montenegro está em análise. De qualquer forma, as recomendações de prevenção e os protocolos de resposta são aplicados para conter a disseminação do vírus.
As autoridades continuam monitorando a situação e trabalhando para evitar novos casos em aves comerciais, o que é crucial para proteger a avicultura brasileira, um setor de grande importância econômica para o país. Para a população em geral, a recomendação é evitar contato com aves doentes ou mortas encontradas na natureza e seguir as orientações dos órgãos de saúde pública e defesa agropecuária.