Carlo Ancelotti é o novo técnico da Seleção Brasileira (Foto: Créditos: Reprodução/Instagram/@mrancelotti)
Na manhã desta segunda-feira (12/05), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti para liderar a Seleção Brasileira. A confirmação encerra um período de especulações e coloca um dos treinadores mais vitoriosos do futebol mundial à frente da equipe nacional para a Copa do Mundo de 2026.
Em comunicado oficial, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, exaltou a chegada de Ancelotti, referindo-se a ele como “o maior técnico da história”. Segundo Rodrigues, a contratação representa um passo crucial para o Brasil reconquistar o protagonismo no cenário futebolístico global. “Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro”, declarou o presidente da CBF.
A entidade também divulgou um vídeo em que Ednaldo Rodrigues agradece o apoio e a paciência da torcida brasileira durante as longas negociações com o treinador italiano. A expectativa é que Ancelotti já esteja à frente da Seleção nos próximos dois jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo, contra o Equador, no dia 05/06, e o Paraguai, no dia 10/06.
Apesar do anúncio, Ancelotti ainda possui vínculo contratual com o Real Madrid, da Espanha, e sua chegada ao Brasil está prevista para o dia 26 de maio, após o término do Campeonato Espanhol. O clube merengue ainda tem três partidas a disputar: contra o Mallorca (14/05), o Sevilla (18/05) e a Real Sociedad (24/05). Existe a possibilidade de uma liberação antecipada caso o Barcelona conquiste o título espanhol de forma matemática.
A confirmação de Ancelotti põe fim a uma longa novela que se estendeu por aproximadamente dois anos. Em julho de 2023, a CBF já havia demonstrado interesse no técnico italiano, cujo contrato com o Real Madrid se encerraria em meados daquele ano. No entanto, o clube espanhol optou por renovar o vínculo com Ancelotti, adiando sua vinda para a Seleção Brasileira.
A Seleção Brasileira chega a este momento após uma série de atuações abaixo do esperado, com um futebol pouco convincente. Atualmente, a equipe ocupa a quarta colocação nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo. Entre o primeiro contato da CBF com Ancelotti e a oficialização da contratação, o Brasil foi comandado por Fernando Diniz e, posteriormente, por Dorival Júnior. Apesar de passagens promissoras por Fluminense, Flamengo e São Paulo, respectivamente, o futebol apresentado e os resultados na Copa América de 2024 e nas eliminatórias levaram à demissão de Dorival Júnior em março deste ano, intensificando as negociações com Ancelotti.
A CBF chegou a declarar o encerramento das negociações em 29 de abril, diante do impasse na liberação do treinador pelo Real Madrid. Contudo, apesar da aparente desistência, o acordo foi finalmente concretizado.
Perfil de Carlo Ancelotti
Nascido em 10 de junho de 1959, em Reggiolo, na Itália, Carlo Ancelotti possui uma trajetória vitoriosa no futebol mundial. Ex-jogador de destaque, foi reconhecido em 2019 pela revista France Football como um dos dez maiores técnicos da história do futebol. Em 2022, tornou-se o treinador com o maior número de conquistas em torneios interclubes da UEFA e o maior vencedor da Liga dos Campeões, com cinco títulos como técnico, além de dois como jogador. Seu currículo inclui ainda três Mundiais de Clubes da FIFA, passagens por grandes clubes como Juventus (ITA), PSG (FRA), Chelsea (ING) e Bayern de Munique (ALE).
Estrangeiros na História da Seleção
Carlo Ancelotti será apenas o terceiro técnico estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira. O primeiro foi o uruguaio Ramón Platero, em 1925, durante o Campeonato Sul-Americano (atual Copa América) na Argentina. Em quatro jogos, obteve duas vitórias, um empate e uma derrota. O segundo foi o argentino Filpo Nuñez, que dirigiu o Palmeiras em 1965, quando o clube representou o Brasil em um amistoso contra o Uruguai na inauguração do Mineirão, com vitória brasileira por 3 a 0. Em 1943, o português Jorge Gomes de Lima (Joreca) auxiliou o brasileiro Flávio Costa em dois amistosos vitoriosos contra o Uruguai, mas não como técnico principal.