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Coluna | Viver Consciente
Willes S. Geaquinto
willesterapeuta@bol.com.br
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

Site: www.viverconsciente.com.br
 
A pedagogia do amor
28/05/2008
 

Já escrevi certa vez da importância de compreendermos os significados dos nossos desconfortos, isso por acreditar que nosso corpo emite sinais para que possamos, em determinadas ocasiões, rever posturas impróprias adotadas, mesmo que inconscientemente, mas, que acabam transformando-se em desequilíbrios dos mais variados e significativos. Não sou o primeiro a afirmar que “o corpo fala”, isto é, que emite sinais, às vezes sutis, outras nem tanto, assinalando que algo não vai bem e que é preciso estar atento.

Existem pessoas que por completa negligência para com a sua saúde e, no mais, com a sua própria vida, parecem não estar nem aí para elas mesmas, daí que, por ignorarem esses alarmes corporais, só vão realmente dar-lhes a devida atenção quando advêm crises ou situações de maior gravidade. Ocorre também que nem sempre as posturas adotadas diante da dor são as mais saudáveis. Vejamos, por exemplo, a lamentação. O que acrescenta ao indivíduo em situação de desconforto apenas viver a lamentar-se? Nada! Se o lamento por si só fosse de alguma valia, bastava que ele diante de qualquer circunstância negativa ficasse a lamentar por horas a fio e pronto, tudo se resolveria. Na verdade, essa postura de coitado, de vítima de alguma coisa, só faz piorar a situação, pois, quando muito, o que ele pode receber dos outros é o sentimento de pena ou o dó, o que, convenhamos, em nenhum momento vai devolver-lhe o bem-estar.

Os sintomas dolorosos, físicos ou emocionais, além de requerem os devidos cuidados, trazem implicitamente mensagens de que precisamos melhorar, de que precisamos nos reformular interiormente a fim de obtermos maior harmonia existencial. Porém, pessoas orgulhosas e inflexíveis não conseguem se aperceber disso, já que acreditam saber tudo da vida e que não têm nada mais a aprender. O orgulho é, pois, uma deficiência muito próxima da ignorância, de onde derivam todas as formas de inflexibilidades ou posturas assemelhadas com suas devidas conseqüências. Aliás, vale ressaltar que a inflexibilidade, em certas situações, atua como causa primária de muitos transtornos ou vícios.

Por outro lado, vale destacar positivamente que a humildade, de onde deriva a flexibilidade, é determinante para qualquer processo de transformação, incluindo aí a cura de muitas doenças ou desequilíbrios emocionais ou não. Isto porque, pessoas flexíveis estão sempre dispostas ao aprendizado, a fazer novas leituras do universo à sua volta, a reavaliar idéias, rever posturas, a perdoar... Enfim, estão mais aptas a trocar a pedagogia da dor pela do amor. Portanto, é de grande valor estar atento a tudo que a vida nos proporciona, posto que, em cada evento ela sempre nos apresenta algo educativo e fecundo para a nossa jornada evolutiva, para a nossa constante renovação.

Boa Reflexão para você.

 
 
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