Então, para ser objetivo, eu pergunto: Sendo você um empreendedor, você admitiria em sua equipe alguém com baixa auto-estima? A primeira vista pode parecer meio despropositada tal questão, já que muitos se remeteriam em primeiro lugar ao nível de conhecimento que o pretenso candidato deveria possuir e a outros tantos requisitos. Mesmo assim eu insisto: de que vale o conhecimento se o indivíduo não demonstra confiança em suas aptidões? Se ele não possui a mínima noção do seu valor pessoal ou da sua própria competência? Se ele não sabe expressar ou nem tem ciência do grau da sua ambição pessoal ou do significado de sua auto-realização? Se ele não sabe comunicar quais os valores ou princípios que regem a sua vida? Para efeito de informação, todas estas situações impressas nestas questões estão relacionadas direta ou indiretamente com o grau de auto-estima de todo o indivíduo.
A auto-estima, excluídas as banalizações decorrentes da ignorância sobre o tema, é um elemento de superior relevância no universo do trabalho e inevitavelmente no sucesso de uma equipe. Indivíduos com baixa auto-estima costumam carregar suas “mochilas” de problemas para o ambiente de trabalho. Têm dificuldades de atuar em equipe, se comunicam mal, são individualistas, pouco criativos e competem negativamente. Estão sempre incorrendo em “jogos psicológicos”, seja no papel de críticos exacerbados ou vítimas; às vezes são submissos demais, “pensam pobre” e contentam-se com qualquer ganho, outras vezes são rebeldes extremados e estão sempre descontentes. Isso sem citar figuras como o bajulador (puxa-saco), o perfeccionista, o sabe-tudo, o dedo-duro, o sabotador, o fofoqueiro, o carreirista e outras tantas que perfazem o rol das pessoas de baixa auto-estima e de difícil relacionamento no trabalho.
A esta altura desta breve reflexão o leitor atento já deve estar se perguntando: e o que fazer? Minha vasta experiência no trato da auto-estima me faz crer que a boa e equilibrada auto-estima é essencial em qualquer setor da existência humana, logo, no trabalho não seria diferente. Desta conclusão decorre também a idéia de que, seja qual for o tamanho da empresa, ela deve estar atenta às gradações comportamentais dos seus trabalhadores, dado que raramente encontramos pessoas totalmente equilibradas existencialmente que não necessitem de alguma atenção qualificada.
Vale lembrar ainda, que não se trata de descartar indivíduos de baixa auto-estima, mas, sim, de incluí-los através de programas, cursos, palestras, etc., a fim de fornecer-lhes elementos e conteúdo para que desenvolvam suas capacidades de superação para agirem com interdependência, criatividade, dinamismo e outras tantas habilidades, de modo a serem pró-ativos e produtivos no conjunto da equipe que venham a fazer parte. O sucesso de toda boa equipe reflete no sucesso pessoal dos seus membros e vice-versa. Logo, por excelência, ela deve possuir no conjunto das suas qualidades e aptidões, uma auto-estima elevada.
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