- Ontem recebi noticias avassaladoras que certamente mudarão o curso de minha vida. O movimento para desestabilizar-me, a força brutal contra os alicerces que tenho buscado construir inicialmente assustou-me. Após o vendaval, a bonança...pensei.
Resolvi, em momento de recolhimento e reflexão, buscar o melhor caminho para não desestruturar minha busca de uma maior compreensão deste País onde vivo, através do meio cultural e editorial, que nos permite registrar de forma estética, gráfica e visual os encantamentos do território brasileiro: casas de pau-a-pique, casebres de madeira com quintais floridos, casarões centenários com mangueiras frondosas em seus pomares, varandas e alpendres onde o convite ao repouso e ao bate-papo nos leva à consciência sobre o passar do tempo em nossas vidas. Ruas tortuosas, becos sem saída, bares e botequins de esquina de bairros populosos e populares, borracharias na beira da estrada, porteiras semi-abertas, destinos que me pareciam familiares, embora desconhecidos. Sentia em minhas veias o sangue quente, pulsante, do ser ibero-americano.
- Como sobreviver ?
- Como superar em esses traumas contínuos, sinais dos tempos opressores em um país cada vez mais desfigurado pela sede de crescimento, pelo desenvolvimento desordenado e pela deterioração do ensino e enfraquecimento da cultura popular.
“ Des-fazer, des-caracterizar, des-dobrar, des-entender, des-envolver ”. O pretexto desenvolvimento tanto apregoado pelos novos mandatários, gestores incompetentes e desonestos da máquina pública, está destruindo o Brasil.
Vivemos um momento extremamente delicado, onde impera o desrespeito institucional, o descaso para com as Leis e os princípios elementares para o convívio em uma comunidade democrática. Os partidos políticos não têm consistência, ética ou moral, o presidente da República não está à altura do cargo por falta de educação, cultura e humildade. Confunde-se composição com corrupção. Em breve a Nação deverá eleger o máximo representante - presidente da República - e nenhum dos candidatos apresentou um programa de governo com propostas claras e objetivas para as áreas cruciais, para a evolução deste País, desfigurado e desrespeitado por seus habitantes e por aqueles que os representam.
“Estamos administrando uma democracia de fachada, vou cobrar aqui a absoluta falta de projeto desses partidos que nos abrigam. As pessoas se candidatam a "síndico" deste condomínio e não têm compromisso com qualquer acerto”. “Um sistema tributário em que você não enxerga onde está cada imposto no preço do produto, do serviço, é um ataque à cidadania. Uma democracia começa com informação. O sujeito deveria votar sabendo: bom, o governo dá Bolsa Família, mas o próprio governo me tira 20% no supermercado", diz Paulo Rebello, presidente de empresa classificadora de riscos RS Rating e articulista da revista Época.
Marina Silva , José Serra ou Dilma Roussef (a sombra de Lula, mero factóide) ainda não apresentaram um programa de governo consistente a seus eleitores. Marina Silva , certamente, é a opção ideal em um momento em que o país é vitima do "des-envolvimento" e a natureza está sendo destruída de forma sistemática e constante, em nome do crescimento e da evolução.
José Serra tem trajetória, é um estadista, educado, porém falta-lhe humildade, mesmo assim merece nosso voto. José Serra não zomba dos brasileiros e ao ler não tem azia ("ler dá azia" - frase irresponsável, entre outras, do presidente da República.
Dilma Roussef..., não sei o que pensar de Dilma Roussef. Não me convence. A única maneira desta senhora angariar o meu voto seria se ela se revelasse e passasse a ter aura própria, ações próprias, pensamentos e vida próprios e se rebelasse contra seu criador que, no fundo, em seu egocentrismo exacerbado a apresentou à Nação, forjando "uma sombra", ser sem expressão, marionete ou "pau mandado". Dilma Roussef se submete a essa humilhação e está envolvida até o pescoço, aparentemente, com os desmandos e abusos da Casa Civil e precisa provar que tem personalidade e não um joguete nas mãos de um político maquiavélico.
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