- Chegar em Olinda é uma volta ao passado, às raízes do Brasil em sua formação. Recentemente, objeto de restauro e de recuperação de patrimônio arquitetônico e cultural, a cidade retomou o seu brilho e é, certamente entre todas as cidades históricas brasileiras, a mais charmosa e agradável.
- Agradável por que?
- Comecemos pela sua gente: Olinda é uma cidade com vida própria e, contrariando a tendência das demais “cidades presépio”, é ocupada de forma humana, ou seja, o centro histórico é habitado de forma racional e espontânea.
- Em Olinda surgiu o Homem da Meia-Noite, representante da família de bonecos gigantes que hoje circulam, durante o carnaval, pelas ladeiras da cidade alta. Alcides dos Santos, o criador, bravamente carregava a estrutura que pesava cerca de 50 quilos e encantava a todos.
- Bacana não é mesmo? Como contraponto, em 1967, surgiu a Mulher do Meio-Dia que mais tarde teria mais um “parente” o qual surgiu em 1974. Nasceu então o Menino do Meio-Dia, filho do Homem da Meia-Noite e da Mulher do Meio-Dia.
- Sílvio Botelho, o responsável pela consolidação da família de bonecões, tornou-se a figura principal na coordenação dos desfiles dessas personagens durante a espetacular festa pagã que ocorre todos os anos e que concorre com os melhores espetáculos do gênero por todo o País.
- Olinda é emoção pura. À noite, a brisa marítima sopra suavemente enquanto podemos admirar, ao longe, no horizonte, a silhueta da capital pernambucana: o Recife.
- A cidade está bem cuidada. Os olindenses são extremamente gentis e certamente carregam em suas almas a solidez de uma trajetória que começou em 1535, através do Donatário Duarte Coelho.
- Olinda foi ocupada pelos holandeses que a incendiaram, porém 24 anos depois, os portugueses a retomaram e expulsaram os “ilustres” invasores. Em 1837 Olinda deixou de ser a capital da província e Recife tornou-se a principal representante ao virar suas costas para os belíssimos casarões e suntuosas igrejas nas ruas tortuosas, descendo e subindo ladeiras da antiga vila.
- Em 1982 Olinda tornou-se patrimônio histórico e cultural pela UNESCO. Foi a primeira Capital Cultural do Brasil e, recentemente, senti-me feliz ao pisar na terra dos blocos carnavalescos, das orquestras de frevo e dos grupos de maracatus.
- Olinda tem bordadeiras, quituteiras, cozinheiros e cozinheiras, pintores, escultores, músicos e, sobretudo, muita gente boa.
- Eu também amo Olinda. Como diz você, Olinda é emoção pura.
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