O autoconhecimento é uma “ferramenta” apropriada para que a criatura humana abandone gradativamente as atitudes inconscientes ou instintivas. Aliás, é essencial reconhecer que ao agir instintivamente, o ser humano o faz num estado rudimentar de inteligência, beirando à irracionalidade própria dos animais, que assim agem movidos por necessidades inerentes à sua própria sobrevivência, num contexto onde inexistem sentimentos tal qual os conhecemos. Os animais não sentem necessidade de paz, amor ou afeto, por que em seus mecanismos mentais não existem esses registros.
O ser humano, por sua vez, possui todas essas carências, mas, equivocadamente, busca supri-las apenas através de elementos de ordem material ou física, contextos de onde sobrevêm em grande parte as suas frustrações. E isso só mudará quando ele obtiver um conhecimento profundo de si mesmo, quando entrar em contato com a sua verdade interna, a qual o levará a conhecer o que move a sua existência no presente, o porquê de agir dessa ou daquela maneira e, enfim, vislumbrar um novo caminho que o levará conscientemente a um futuro promissor.
Por fim, não há como fugir à realidade de que a vida tem propósitos muito mais profundos do que possa imaginar o nosso limitado conhecimento. Uma pequena amostra dessa verdade, por exemplo, leva-nos à conclusão de que grande parte das causas e, ao mesmo tempo das soluções, de nossos desconfortos existenciais estão em nosso interior, à espera que cumpramos a tarefa de encontrá-las. Sabendo-se de antemão, que não há mago algum que possa fazer isso nós, quem deseja firmemente autoconhecer-se deve instruir-se para se instituir mestre e aprendiz de seu domínio existencial, cônscio de que as dádivas dessa busca, com certeza, virão em forma de variadas porções de duradoura felicidade.
Boa Reflexão e viva consciente.
Siga o Varginha Online no Facebook, Twitter
Varginha Online - © 2000-2024