A compreensão, por exemplo, do valor da vida em termos essenciais é fruto da maturidade consciente. Não sendo assim o indivíduo passará o tempo de sua existência, ou parte dele, a cometer repetitivas ações de cunho negativo contra si próprio sem se aperceber que seu agir é autodestrutivo. E essas ações não são somente aquelas aparentemente mais agressivas, pois, é possível se autodestruir a conta-gotas, através de uma somatória de escolhas irrefletidas ou inconscientes.
Certa vez durante uma palestra em que eu falava sob os feitos nocivos da submissão na vida das pessoas, alguém me questionou dizendo que ninguém escolhe ser submisso, “que isso acontece”. Ora, nada em nossas vidas simplesmente acontece. Somos, em grande parte, responsáveis pelo que ocorre conosco, só que a maioria de nós carrega consigo o abominável vício de não se responsabilizar por suas escolhas; é muito mais fácil culpar os outros, o acaso, o azar ou sei lá o que, do que assumirmos plena responsabilidade pela nossa existência. A atitude da irresponsabilidade para com os nossos atos, além de representar um desvio de caráter ou de personalidade, é na verdade prova de nossa imaturidade.
Sabendo-se de antemão que o que mais causa desconfortos, desequilíbrios e sofrimentos ao ser humano são os seus apegos inconscientes a perdas, vícios, pré-conceitos e culpas. Eis que é necessário desenvolver algumas ações tais como: aprender a autoconhecer-se plenamente sem subterfúgios ou máscaras; assumir a responsabilidade por tudo que se está vivendo e compreender o aprendizado contido em cada situação vivida, pois, a princípio, serão estas novas posturas que alimentarão o desenvolvimento consciente da sua capacidade de renuncia.
A maturidade consciente propõe ainda, que aprendamos todos a renunciar o acomodamento a situações geradoras de satisfações ilusórias e efêmeras, ou a ganhos secundários através da submissão a padrões pré-estabelecidos aleatoriamente pelos outros. Isto para que possamos nos concentrar seletivamente em obter ganhos benéficos baseados na realidade e nas necessidades próprias de cada um de nós.
Boa Reflexão e viva consciente.
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