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Coluna | Viver Consciente
Willes S. Geaquinto
willesterapeuta@bol.com.br
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

Site: www.viverconsciente.com.br
 
Permita-se Expressar Suas Emoções
26/06/2012
 
Eric Berne, precursor do método analítico denominado Análise Transacional considera que existem cinco emoções autênticas. As agradáveis são duas, o amor e a alegria; as desagradáveis são três, a tristeza, o medo e a raiva. As emoções autênticas são características de um estado que chamamos de “criança livre”, ou seja, da pessoa que aprendeu desde criança a expressar suas emoções sem nenhum tipo de repressão ou censura. As emoções denominadas como desagradáveis têm o seu efeito negativo potencializado quando liberadas inadequadamente, reprimidas ou transformadas em “disfarces”.

Essas substituições ou disfarces de emoções aprendem-se desde a mais tenra idade, e, às vezes, acompanham a pessoa pelo resto de sua existência. Durante um pequeno período da infância toda a criança é livre, expressa suas emoções naturalmente. No entanto, durante seu crescimento, influenciada pelos pais, familiares, professores ou seus substitutos, ela vai tomando conhecimento através de restrições, censuras, imposições e, até mesmo, de práticas manipulativas, de que não pode expressar-se livremente.

Então, aos poucos, a criança substitui a naturalidade das suas emoções por disfarces, tais como: falsa alegria – quando ela, mesmo estando mal, sorri para agradar alguém; falso afeto – força-se a gostar de alguém que lhe provoca repulsa; falsa tristeza – provocada ou produzida por alguns mecanismos, tais como: excesso de autocrítica ou perfeccionismo, etc. Nesse contexto, a falta de permissão para sentir ou expressar raiva de modo apropriado, tem, também, a característica de voltar-se contra a própria pessoa gerando o sentimento de inadequação ou culpa, o que é altamente autodestrutivo.

A expressão emocional é cerceada através de algumas mensagens proferidas pelos pais como, por exemplo:

a) Quando os pais dizem ao filho o que deve sentir – Porque está sorrindo se todos estão tristes? “E isso é hora de chorar?”. Esse tipo de mensagem tem para a criança o valor de uma ordem, e o que ela entenderá é: “Não sinta, não se emocione”;

b) Quando os pais desqualificam a emoção autêntica – “Homem que é homem não chora”, “Quem tem medo é covarde”, “Você não tem motivo para estar triste”. O entendimento pela criança nesses casos é similar aos exemplos acima: “Não expresse seus sentimentos”. O resultado é que a criança obediente ou submissa, ao assumir tais condutas como ordem, reprimirá suas emoções ao invés de liberá-las adequadamente. Dando surgimento a bloqueios que poderão acompanhá-la pela vida inteira causando-lhe sérios desconfortos emocionais.

Em síntese, pode-se afirmar que dessas situações impeditivas da autenticidade emocional resultam também dificuldades afetivas e a incapacidade da pessoa, quando adulta, em definir planos ou metas para seu crescimento. Portanto, a conclusão é simples: expressar emoções de maneira adequada e autêntica é o melhor caminho para viver de modo afirmativo e manter o equilíbrio emocional.

Boa reflexão e viva consciente.

 
 
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