- Estou assustado. Este ano não poderei viajar ou usufruir de minhas férias pois o custo Brasil está demasiado alto e as viagens para lazer estão proibitivas para nós outros da classe média.
- Alto lá! Acabo de chegar de Porto Alegre após ter tido a oportunidade de viajar para Curitiba, Belém do Pará e Manaus. Gastei muito pouco e descobri o outro lado da moeda.
- De que moeda? O real está desvalorizado e o dólar caminha para os quatro reais...
- Vejo que de forma irônica você está tentando tapar o sol com a peneira como faz o atual desgoverno federal.
- Reafirmo o que disse. Tenho viajado incessantemente e descoberto uma nova maneira de locomover-me, de hospedar-me e também de alimentar-me de forma barata e muito mais interessante do que nos tempos áureos quando as reservas em hotéis cinco estrelas e a frequência de restaurantes renomados eram decididos por minha ex-secretária, Marilena.
- Ou você está febril ou está mentindo ou simplesmente pirou!
- Vou dar-lhe uma dica: antes de mais nada compre um bom livro. Em seguida, leia os guias turísticos da editora Empresa das Artes e escolha o destino indutor que o atrai.
- Você não me convence. Mesmo alojando-me em uma pensão barata ou comendo em um pequeno restaurante, estarei gastando muito pois os preços são inacessíveis para o bolso de um simples trabalhador.
- Deixe de reclamar. Crise gera oportunidades! A primeira oportunidade é aquela de você descobrir pessoas, hospedar-se em suas casas, alimentar-se com produtos naturais, com frutas e por fim descobrir passagens aéreas promocionais que o permitam locomover-se desde que você aprenda, finalmente, a programar a sua vida. O brasileiro é um ser "desprogramado". Não tece projetos de vida e não organiza projetos profissionais de forma tranquila, estruturada e objetiva.
- Estamos fugindo do assunto. Quero viajar, como faço?
- Vai a dica: busque conhecer um viajante contumaz que se vira em qualquer situação e que aprecie descobertas e ame usufruir de situações inéditas e prazerosas.
- Continuo sem saber o que fazer. Eu não conheço nenhum viajante com este espírito de soltura que me permita gastar pouco e apreciar muito. Como fazer?
- Entre em contato com o jovem aventureiro de Varginha que se chama Diego Gazola. Inicialmente ele te convidará a "mudar de ideia". Não seja refratário à esta sugestão e pense que efetivamente, ele conseguirá conscientizá-lo a enxergar de outra forma a sua maneira de viajar. Graças a ele pude obter novos amigos pelo couchsurfing.
- O que é o couchsurfing?
- Ah... "você já está mudando de ideia". Se deseja realmente viajar e, quem sabe, descobrir os encantos do Caprichoso e do Garantido em Parintins, no coração da Amazônia, entre em contato com o "desbravador de Varginha".
- Vou buscar encontrá-lo. Mas acredito que ele se viaja com tão pouco dinheiro é certamente um dos descendentes do ET de Varginha!!!