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Coluna | BRASILzão
Fábio Brito
fabiobritocritica@gmail.com
O editor e jornalista Fábio Brito é responsável pela edição e publicação de centenas de títulos voltados às realidades do Brasil. Durante anos esteve à frente de selos editoriais importantes e renomados e no presente momento impulsiona, através de consultorias específicas nas áreas editorial e cultural, os selos Bela Vista Cultural e FabioAvilaArtes. A coluna Brasilzão, inicialmente através do Jornal Correio do Sul, de Varginha, foi iniciada em 11 de julho de 2004 e tem contado com a importante parceria do Varginha Online na disponibilização de vivências de Fábio Brito por todo o Território Nacional e por países por onde perambula em suas andanças.
 
Belém desfigurada
03/05/2016
 
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Sob um escaldante sol e alta temperatura me desenvolvo pelas ruas de Belém, cidade amazônica maltratada por seus habitantes e menosprezada pela atual administração municipal. Parte do patrimônio histórico está ruindo e desaparecendo.

 

Suas praças estão mal cuidadas, o belíssimo Bosque Rodrigues Alves, por exemplo, permanece esquecido pelos belemenses e sem verbas suficientes para a sua manutenção, o que nos emociona ao constatar que o habitante já não sabe mais usufruir das belezas naturais, históricas e culturais da outrora esplêndida Belém.

 

As centenárias mangueiras estão mutiladas pela fiação elétrica agarrada em postes de cimento que ora pendem para a direita, ora para a esquerda, e raramente os monstrengos estão eretos a noventa graus relativos às calçadas semi-horizontais, mal pavimentadas e esburacadas.

 

A maioria das ruas de Belém são áridas e estão sufocadas por uma camada de asfalto grotesca que se sobrepõe aos centenários paralelepípedos que permitiam a absorção das águas das chuvas, pela terra existente, sob os blocos de pedras do calçamento destas vias de circulação rodoviária.

 

Belém, recentemente, propiciou o findar das vidas e das existências de um viajante francês e de um jovem citadino belemense funcionário da companhia aérea TAM. Foram dois assassinatos brutais, entre tantos outros que ocorrem semanalmente e indiscriminadamente no solo amazônico desta cidade sofrida e abandonada.

 

Os habitantes do bem estão amedrontados, com receio da violência do cotidiano estressante por falta de escrúpulos e de respeito à vida humana.

 

Belém padece e desaparece de muitos corações que todavia a amavam. 

 

Entretanto surge, em poucas mentes pensantes e amantes de Belém, a necessidade de expressão cultural através do movimento Nouvelle Époque-Belém. São artistas, cantores, escritores, poetas, artesãos, gente do bem que não se conforma com o desfigurar da urbe e o desmantelamento de valores humanos.

 

O francês Bruno Pellerin, fotógrafo e em vias de assimilação da terra do Boto, estará à frente, visualmente, na ideia concebida pelo editor que desenvolveu laços profundos com a Porta da Amazônia, Belém.

     

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