Perambulando pelas ruas da maltratada Campo Grande, extasiei-me com as frondosas árvores cujas copas pareciam abraçar os passantes no frescor da noite temperada do inverno na região central do Brasil.
Sentia-me distante de tudo e de todos, porém a realidade daquele momento me chamava para a percepção da grandiosidade brasileira... Passados alguns dias me reencontro nas áridas ruas Curitibanas que contrastam com os amplos e bem cuidados espaços verdes, praças, bosques urbanos e reservas naturais da delicada cidade do sul brasileiro.
Retorno rapidamente a São Paulo e revejo a fétida, poluída e decomposta metrópole sul americana. São Paulo está triste pois é menosprezada pelos que a habitam. Seu patrimônio arquitetônico-cultural desfalece e está maltrapilho. Suas ruas estão forradas de mendigos e em seus becos meliantes negociam o nefasto pó que está degenerando a raça humana.
Imediatamente sigo voo para as portas da Amazônia, para a outrora parisiense e europeia Belém do Pará. As mangas de chuva tropical encharcam os cantos de avenidas cujas vias, antes de elegantes paralepipedos, estão sufocadas por lama asfaltica depositada de forma insensata por dirigentes pouco hábeis para gerir um centro urbano. As calçadas estão esburacadas e abrigam postes tortos, em posição oblíqua e pendente maculando o visual com fios elétricos expostos desordenadamente no visual da antiga Paris n` América.
Busco não enxergar, não perceber, não sentir-me agredido porém a realidade é mais forte e profiro de forma enfática a minha repulsa: Brasil, você está povoado por bastardos que não te respeitam. Malditos!
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