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Coluna | Periscópio
Wender Reis
wendernew@hotmail.com
Wender Reis é pedagogo, mestre em Gestão Pública e Sociedade pela Unifal/MG, Analista de Educação no Sesc MG e apresentador do programa Bem Brasil na rádio Educativa Melodia FM. Atua na articulação entre educação e cultura em Varginha.
 

Povo de estimação
19/07/2017
 
Você tem um animal de estimação? Um cachorro, um gato, um pássaro, um roedor, ou de qualquer outra espécie que se permita domesticar? Se preparou para cuidar do seu bicho? Estudou seus hábitos, características da sua raça, o tipo de alimentação adequada? Destinou a ele um espaço saudável para que viva confortável e seguro? Se sim, você é um ótimo domesticador.

E por falar em domesticar, você é daqueles que tem um político de estimação? Aquele que você defende como se fosse da sua família? Esse seu suposto político é domesticado? Sabe controlar seus impulsos, onde fazer cocô e etc? Duvido. 

Não se engane, os políticos não são domesticáveis. Em outros palavras, os políticos não são confiáveis.

Não pense você que somos nós quem temos políticos de estimação, quando pelo contrário, nós é que somos o povo de estimação. Nós é que somos os domesticáveis e domesticados da história. Nós quem? O povo. E por favor não se iluda, seja lá quem você for, reconheça-se como povo.

Por favor, não admita ter um político de estimação. Ter um cãozinho de estimação, por exemplo, é se responsabilizar por ele. Mesmo que ele rasgue todo o seu sofá, no final das contas a responsabilidade será sua. Sabendo que errou, ele vai ficar mais dócil e carinhoso e,  muito provavelmente, isso te deixará mais condescendente para com ele.

Portanto, não é preciso desenhar o que você está lendo. Nossa história comprova com precisão o que aqui se diz: os políticos não são domesticáveis. Para ficar mais claro, lembre-se, eleger ad aeternum políticos de uma única família em uma cidade, por exemplo, não garante que estes serão confiáveis e domesticados, muito, mas muito, pelo contrário. Adicione aqui o exemplo que quiser: Varginha; ...

Definitivamente, somos nós os domesticados. Nós que corremos atrás dos ossos, nós que tentamos morder o próprio rabo, nós que vivemos em um cercadinho, nós que ficamos felizes da vida por dar uma voltinha no parque. Nós não estimamos, somos estimados. Na verdade, subestimados. Mas até quando? E o que é ser de estimação senão ser submisso? Somos animais submissos abanando o rabo para os nossos donos. Até quando?

 

 
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