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Coluna | BRASILzão
Fábio Brito
fabiobritocritica@gmail.com
O editor e jornalista Fábio Brito é responsável pela edição e publicação de centenas de títulos voltados às realidades do Brasil. Durante anos esteve à frente de selos editoriais importantes e renomados e no presente momento impulsiona, através de consultorias específicas nas áreas editorial e cultural, os selos Bela Vista Cultural e FabioAvilaArtes. A coluna Brasilzão, inicialmente através do Jornal Correio do Sul, de Varginha, foi iniciada em 11 de julho de 2004 e tem contado com a importante parceria do Varginha Online na disponibilização de vivências de Fábio Brito por todo o Território Nacional e por países por onde perambula em suas andanças.
 

Buscando entender Uberaba
08/08/2018
 
Às quatro horas da manhã encontrei-me em Igarapava onde os pássaros ainda adormecidos não tornavam o ambiente festivo com sua algazarra de ruídos. Na estação ferroviária não havia ninguém e um cachorro amigável e solitário aproximou-se timidamente de mim, aparentemente com medo de ser rechaçado.

A madrugada estava fria e o céu estrelado. Fixei meu olhar nas colunas e no teto daquele terminal de ônibus dos anos setenta cuja peculiar e original construção realçava o despojamento arquitetônico de há quase quatro décadas atrás.

Às oito horas da manhã, após uma curta viagem, da pacata cidade paulista à Capital do Triângulo Mineiro, adentrei a Catedral Uberabense onde os cantos sacros propiciaram-me o deleite de estar em Uberaba, terra outrora elegante e sóbria que tornava seus habitantes orgulhosos da "Beraba bão demais sô"!

Na Praça Rui Barbosa os casarões foram destruídos por incautos, incultos e obtusos filhos degenerados de Uberaba.

Hoje a cidade está desfigurada, as calçadas esburacadas, as ruas áridas e sem árvores ao longo das vias, as lojas emporcalhadas com painéis publicitários de extremo mau gosto e os fios elétricos desordenados de poste em poste de cimento.

O coletivo que me levaria a Uberaba deveria tardar por mais 80 minutos e a sensação do estar só, do ser isolado, relaxou-me ao impulsionar o meu sentimento ao Brasil, isolado e profundo. O tempo dava-me a impressão de eternidade naquele insólito local onde o canino perambulava sossegado e dono do espaço da Estação.

A Cidade pede socorro! Uberaba está cambaleante, às minguas.''
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