“Dificuldades são dádivas divinas”
Richard Back
Conta uma fábula que: “um dia, ao ver aparecer uma pequena abertura num casulo, um homem sentou-se e ficou a observar a pequena larva por várias horas, o quanto ela se esforçava para fazer com que o seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. De repente, ela parou de fazer qualquer progresso, parecia que tinha ido o mais longe que podia e não conseguia seguir adiante. Então o homem decidiu ajudá-la, pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. Uma pequena borboleta então saiu facilmente, mas seu corpo estava murcho, era muito pequeno e tinha as suas asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque esperava que, a qualquer momento, as suas asas se abrissem e se alongassem para serem capazes de suportar o seu corpo que iria se firmar a tempo. Nada aconteceu! Em verdade, a borboleta passou o resto dos seus dias rastejando com um corpo murcho e as asas encolhidas até morrer. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua vontade de ajudar, não sabia era que o casulo apertado era o esforço necessário para a vida da futura borboleta. Passar através da pequena abertura era o modo como a natureza fazia para que o fluído do corpo dela fosse para as suas asas, de maneira que ela só estaria pronta para voar assim que tivesse se libertado do casulo pelo seu próprio e natural esforço”.
Dentre as lições que podemos extrair dessa pequena estória, talvez a mais importante seja a de que, em certas ocasiões, o esforço é justamente o que precisamos para superar os desafios ou desconfortos existenciais. Isto porque, às vezes, passamos boa parte do nosso tempo apenas a reclamando das dificuldades que encontramos pela frente, ao invés de compreendermos que esse tempo poderia ser dedicado de maneira positiva para vencê-las. Esquecemos que o crescimento é maior a cada obstáculo vencido, que geralmente aprendemos muito mais com as dificuldades do que com as facilidades.
Sendo assim, a grande mágica é, sem dúvida, a do esforço; da persistência, de não nos considerarmos pequenos diante dos limites que devem ser superados ou vencidos. Independentemente da natureza ou do tamanho dos desafios é preciso empregar tempo e empenho para ultrapassar as barreiras da desesperança. É, também, imprescindível determinação para ativar a boa vontade e a coragem para romper o casulo da inércia ou do comodismo. E, assim, adquirir nova motivação e entusiasmo para alçar voo rumo a uma vida mais rica, saudável e feliz. Você pode sempre mais!