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Coluna | Periscópio
Wender Reis
wendernew@hotmail.com
Pedagogo e Orientador Social, curioso observador de tudo que causa espanto no mundo.
 
Carta aberta ao Prefeito de Varginha
13/04/2023
 
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Prezado prefeito,

Espero que esteja bem. Me dirijo a você porque sei que assim também posso alcançar outros gestores e, inclusive, colegas professores, nesse momento de preocupação coletiva. Tentarei ser o mais breve e objetivo que as minhas capacidades permitam. 

Desde agosto de 2022, escolas brasileiras registraram ataques violentos em todos os meses. Essa média mensal significa uma clara explosão da violência. Questões como o fechamento das escolas com a pandemia, o aumento da pobreza, o adoecimento psíquico da população em geral são fatores que não devem ser ignorados. Quem diz isso é a doutora Telma Vinha, professora da Unicamp que coordena pesquisas na área. 

Mães, pais, professores e estudantes, todos estamos nos perguntando: por que isso está acontecendo cada vez mais? E neste momento, o mais importante não é tentar confrontar os invasores que já invadiram as escolas, mas entender o que tem causado isso para que outros ataques sejam evitados.

Para tanto, além de uma reflexão cuidadosa, precisamos avaliar nossas posturas políticas e como elas refletem no ambiente escolar. Neste ponto, me dirijo, além de você, é claro, particularmente, aos meus colegas professores e gestores escolares. Precisamos urgentemente reavaliar nossas prioridades. Muitas promessas são ouvidas rotineiramente por um estudante ao longo de sua vida escolar, que dura, em média, 12 anos, poucas são cumpridas. Essa é uma responsabilidade nossa. Por mais que não as cite, a fim de não me alongar, sei que me faço compreender, e digo isso porque as frustrações geram consequências. 

Como pedagogo, entendo sim que a escola é uma instituição social elementar e que, por isso, envolve várias outras instituições, contudo a escola precisa ser cuidada por quem entende de escola. Segurança pública também é assunto escolar, uma vez que só se efetiva por uma cultura de paz, e cultura de paz é, sim, coisa de escola. 

Portanto, para terminar, deixo a colegas, dicas que podem ser úteis:

Todas as escolas trabalham para prevenir a violência escolar e as escolas são lugares muito seguros. Alunos, funcionários e pais têm um papel importante na promoção da segurança escolar. Os adultos podem fornecer liderança, assegurando aos estudantes que as escolas geralmente são lugares seguros e reiterando que medidas de segurança e apoio já estão em vigor. Como adultos podemos:

Criar um clima escolar seguro e favorável (por exemplo, deixar claro expectativas comportamentais em toda a escola, programas de clima escolar atencioso, cobrar da gestão pública intervenções e apoios positivos e serviços psicológicos e de aconselhamento);

Incentivar os alunos a assumirem a responsabilidade por sua parte na manutenção de um ambiente escolar seguro, incluindo sua participação no planejamento da segurança;

Reiterar as regras da escola e solicitar que os estudantes relatem possíveis problemas aos funcionários. 

Lembrar aos estudantes a importância de resistir à pressão dos colegas para agir de forma irresponsável.

Criar sistemas de denúncias anônimas (por exemplo, linhas diretas para alunos, caixas de sugestões e sistemas de “contar a um adulto”).

Estabelecer, sistematizar e monitorar programas de prevenção a fim de criar ciência e especialistas em gestão de riscos. 

Enfim, prometi não me estender, embora até quisesse e, talvez, precisasse. Que todas e todos fiquemos em paz. 
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