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Coluna | Viver Consciente
Willes S. Geaquinto
willesterapeuta@bol.com.br
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

Site: www.viverconsciente.com.br
 
Olha a depressão aí, gente!
26/05/2006
 
Parece brincadeira, né? Mas, na verdade, não é. Trata-se apenas de uma pequena ironia em face de mais uma banalização de um assunto tão sério. Para deleite dos receitadores de plantão e dos laboratórios, que são os que faturam alto com a ignorância do povo, é cada vez maior o número de pessoas que vivem por aí a dizerem-se deprimidas. E isso é devido principalmente à mídia televisiva (a mãe do emburrecimento nacional), onde indivíduos nem sempre qualificados e imparciais têm tratado do assunto de modo irresponsável e superficial.

E o resultado disso é que hoje em dia as pessoas, ao invés de falarem de seus sentimentos, utilizam-se de rótulos para camuflá-los. E essa prática ficou tão banal, que o psiquiatra Luiz Brant, de São Paulo, concluiu que: “As pessoas não dizem mais que estão tristes, mas que estão deprimidas. Não falam que têm medo, mas que têm fobia, Não dizem que estão cansadas, mas estressadas”. E o que é pior: “As pessoas vêm como uma espécie de vantagem transferir o sentimento para a doença, pois o julgamento moral é menos pesado quando a pessoa se apresenta como doente”. Diante destas constatações, é possível concluir, entre outras coisas que, devido principalmente à desinformação e à mágica atribuída a drogas de todos os gêneros, existem mais pessoas sofrendo de desconfortos emocionais do que de depressão; mais pessoas preferindo bloquear sentimentos e emoções à custa de sua saúde.

Seguindo em frente na reflexão, destaco a seguinte questão: “O que faz com que as pessoas neguem seus sentimentos para sentirem-se mais confortáveis na doença?” Penso que, em parte, um dos elementos causais desse comportamento tem sua origem em nossa cultura educacional, ultrapassada, mas, vigente. Pois não é de hoje, e nem de ontem, que esse modo educativo que engloba educação familiar, escolar e, se assim podemos dizer, social e religiosa, vem impondo uma repressão violenta sobre a expressão dos sentimentos. Pense: quantas vezes você já reprimiu seu choro por que lhe ensinaram que era inadequado chorar em determinados momentos? Quantas vezes você não pode declarar seu cansaço, por que alguém poderia chamá-lo de preguiçoso? Se, por um lado, causa-nos indignação o sofrimento que é imposto às pessoas pela dita sociedade civilizada, o que dizer, então, quando elas mesmas permitem-se ser manipuladas, aceitando que pré-conceitos lhes dirijam a vida?

Enfim, tornar-se dependente do julgamento preconceituoso dos outros também causa desconforto, mas, antes que isso se transforme em depressão, por exemplo, faça valer sua vontade consciente e sua coragem para assumir a responsabilidade pela sua vida transformando-a em uma fonte de saúde e prazer. Quando estiver triste, assuma a tristeza; quando estiver cansado, assuma o cansaço; quando tiver medo, assuma o medo. Desconfortos, sentimentos e emoções são para serem vivenciados positivamente e transformados em aprendizado e ganhos.

Boa Reflexão. Paz e Luz para você.

 
 
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