Enquanto a criatura humana não atinge um estado elevado de consciência, o que dita seus relacionamentos familiares, sociais e amorosos, é o egoísmo produzido tanto pelo seu lado instintivo como pela sua inconsciência. A vinculação com outras pessoas será caracterizada pelo desamor, produzindo nela a agressividade, a crueldade, a raiva e o desrespeito em relação aos outros. Conectada ao desamor ela pode também optar pela indiferença, caracterizada pela passividade, ou seja, ela não se importa com o que possa acontecer com as outras pessoas, o que importa é o atendimento das suas necessidades, mesmo que seja em detrimento do bem-estar e dos sentimentos dos outros.
Então, na realidade, tudo o que é gerado baseado no egoísmo produz um falsos estados de bem estar, porque ninguém em sã consciência pode estar verdadeiramente bem causando mal-estar aos outros. A pessoa que age assim, dificilmente vai deixar de sentir-se inquieta, ansiosa e desconfortável, o que gerará num breve tempo desequilíbrios emocionais e existenciais profundos, levando, em alguns casos, ao desenvolvimento de enfermidades físicas com resultados imprevisíveis. Isto porque, toda a atitude equivocada, tem como conseqüência de que sempre se arcará com suas reações, sendo que a polaridade mais reativa é a do sentimento de culpa, onde a pessoa, em algum momento, se dá conta da negatividade da sua atitude e busca autopunir-se para sofrer as conseqüências do seu erro.
Uma outra postura também negativa e bastante usada pela criatura egoísta é a que podemos chamar de “desculpismo”, onde a ação empreendida pela pessoa que comete alguma atitude que sabe ser negativa, procura se autojustificar culpando outras pessoas pelos seus erros, assumindo uma conduta irresponsável, criando a ilusão de que assim foge das conseqüências dos seus atos. O “desculpismo” também pode ser usado por nós em relação aos erros de pessoas que nos são próximas e que dizemos gostar, mas, que na verdade, as envolvemos com um falso amor, tornando-nos coniventes com seus erros. Em resumo, ao cultivar a culpa ou a desculpa, a pessoa só faz aprofundar seu estado de egoísmo e tudo de negativo que dele resulta. Pelo motivo puro e simples de que quando se comete desatinos levados por atitudes egóicas, está se contrariando a lei maior do universo, a Lei do Amor.
Portanto, o que se desprende desta reflexão é que todos nós devemos primar por ações conscientes e responsáveis. Que devemos dar espaço em nossa existência ao amor e o respeito por nós mesmo e pelos outros, pois, somente através de atitudes verdadeiramente construtivas e edificantes, é que nos tornaremos merecedores de uma vida saudável, harmoniosa e com muita paz de espírito.
Boa Reflexão. Paz e Luz para você.
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