O Grupo Heineken inaugurou oficialmente sua nova unidade em Passos nesta quinta-feira (06/11). Com um investimento de R$ 2,5 bilhões, a obra representa a primeira cervejaria greenfield — iniciada do zero — da companhia no Brasil, e tem uma capacidade inicial de produção de 5 milhões de hectolitros por ano.
A nova fábrica, considerada uma das mais modernas da Heineken, é também um modelo em práticas socioambientais, contando com sistemas avançados para tratamento e reuso de água, além de eficiência hídrica e energética. O empreendimento gerou 350 empregos diretos, sendo que 60% dessas vagas foram preenchidas por moradores da região.
Segundo o governo de Minas, a atração do investimento foi facilitada por tratativas iniciadas em 2019, que envolveram o apoio da Invest Minas e a articulação com diversas secretarias estaduais e a Prefeitura de Passos. Durante a fase de construção, que se deu em uma área equivalente a 140 campos de futebol, foram gerados 1,8 mil empregos diretos e 11 mil indiretos. As obras de infraestrutura e acesso viário pela MG-050 foram concluídas em agosto de 2025.
Passos foi escolhida pela Heineken após um estudo criterioso baseado em quatro pilares principais: disponibilidade hídrica, desenvolvimento socioeconômico local, logística de distribuição para a região Sudeste e a não interferência em patrimônios. Essa localização estratégica permite uma maior eficiência logística e agilidade no abastecimento dos principais centros consumidores da região.
A nova cervejaria visa atender à crescente demanda por produtos de maior qualidade e valor agregado. A operação inicial foca nas marcas Heineken e Amstel, ambas 100% puro malte. O CEO da Heineken no Brasil, Maurício Giamellaro, destacou que Minas Gerais possui o maior consumo das cervejas do grupo no país. A escolha de Passos está alinhada à estratégia de crescimento da companhia, dado que as cervejas puro malte, como a Heineken, dominam a categoria premium no mercado nacional.
A cerimônia de inauguração contou com diversas autoridades, dentre elas, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.