O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 1ª Promotoria de Justiça de Campos Gerais, deflagrou na manhã desta quarta-feira (12/11) a 2ª Fase da Operação Reação Adversa.
O objetivo da ação, segundo o MPMG, é desmantelar uma organização criminosa que atua no Sul de Minas, especializada na falsificação e venda de medicamentos veterinários e de uso humano por meio de plataformas de comércio eletrônico.
A operação, que contou com o apoio da Polícia Militar, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão. As diligências ocorreram nos municípios de Campo do Meio, Boa Esperança, Campo Belo e Ribeirão Preto, em São Paulo.
Durante o cumprimento dos mandatos, quatro pessoas foram presas e diversos materiais apreendidos, dentre eles: aparelhos celulares e notebooks; sete munições intactas calibre 32; cerca de R$ 11 mil em espécie; 3,9 mil comprimidos e 164 seringas do medicamento enoxaparina; várias embalagens de medicamentos e shampoo dermatológico.
Esquema e alcance do Crime
Ainda de acordo com o Ministério Público, as investigações apuraram que os criminosos utilizavam uma estrutura logística compartilhada e métodos de contrafação dispersos. Para ocultar a real propriedade dos empreendimentos e o proveito ilícito, eram criadas múltiplas contas de comércio eletrônico em nome de terceiros, conhecidos como "laranjas".
Ao final da primeira fase da investigação, foi constatado que a organização controlava 40 lojas virtuais e praticou mais de 10 mil vendas ou exposições à venda de medicamentos falsificados, condutas com potencial para atingir milhares de animais e seres humanos.
Participaram da operação quatro promotores de Justiça e 92 policiais militares. A ação teve o suporte do Gaeco (Varginha), do Ministério Público de São Paulo (Gaeco de Ribeirão Preto) e do apoio operacional de um helicóptero da 6ª Base Regional de Aviação do Estado de Minas Gerais (PMMG).