Cada qual tem o castelo que não merece, mas, que compra! Levado às devidas proporções com certeza existem muito mais políticos, senadores ou não, que possuem bens, sejam castelos, fazendas, mansões, etc., adquiridos com recursos financeiros de origem duvidosa. É sabido, inclusive, que alguns políticos têm feito bem mais do que tingir o cabelo ou usar botox para continuarem nas Assembléias e Congresso Nacional, mandato pós-mandato, fugindo assim dos processos da Receita Federal e outros órgãos investigativos públicos. Fora aqueles que usam eternos laranjas para burlar a fiscalização pública que peca em muitos casos pela ineficiência, pela morosidade e, às vezes, pela omissão e corrupção. Em síntese, ao cidadão-contribuinte brasileiro honesto e trabalhador, às vezes, só cabe-lhe o papel de bobo da corte, já que o sistema político-administrativo-judiciário brasileiro legitima a impunidade sem nenhum rubor. Um exemplo bem atual foi a roubalheira e desvio do dinheiro público nos Jogos Pan-americanos do Rio: enquanto a segurança nacional vigiava a bandidagem dos morros, a bandidagem de paletó, gravata e cartola, fazia a festa com as verbas da organização. Agora imaginem o que vai rolar na organização da Copa do Mundo!
Enquanto seu castelo não vem, a notícia que não quer calar, é a de que em São Paulo governado pelo aspirante a candidato a presidente, o tucano José Serra, dos milhares de professores que se submeteram à prova qualificativa da Secretaria Estadual de São Paulo, 3.000 tiraram simplesmente ZERO. Vale observar, que essa multidão de professores não acertou uma única questão sobre a matéria que ensinam ou iriam ensinar em sala de aula. Dos 214 mil que prestaram provas, mais da metade não atingiu nota 5. Aí você pensa: se em São Paulo está assim, imagine o resto. A questão é essa: o ensino público no Brasil, principalmente o fundamental e o médio, continua numa situação calamitosa. Se gasta muito mais com publicidade e marketing para maquiar a educação, do que para melhorar a qualidade da formação e da remuneração dos professores, ou para melhor adequar os espaços físicos onde deveria acontecer a educação propriamente dita. Uma coisa vergonhosa que tanto acontece em São Paulo como em Minas ou alhures. Educação é coisa séria, só precisa ensinar isso aos políticos, a todos!
Mudando de assunto, a questão da dívida do Hospital Regional ainda vai dar muito pano para manga. Aliás, a situação da administração da saúde no município não é assim tão saudável quanto parecia ser, resultante da indicação de gestores despreparados e sem compromisso com a coisa pública. E o pior é que alguns, sem qualificação que justifique, ainda continuam fazendo figuração em cargos administrativos.
Até a próxima.
Em tempo:
* A justificativa de defasagem de preço para o aumento do valor da área azul em comparação aos estacionamentos privados, por si só não se sustenta. Haja vista que os referidos estacionamentos pagam impostos e outras obrigações...
* A ressalva que tem sido feito de que a prefeitura não tem responsabilidade por danos aos veículos estacionados na Área Azul é questionável legalmente, já que ao instituir o serviço de estacionamento há um compromisso tácito da guarda do veículo...
* Causa estranheza que o Conselho Municipal de Saúde ainda não tenha se pronunciado sobre a dívida do Hospital Regional, já que dentre suas atribuições está a de fiscalizar a aplicação de verbas na área da saúde, incluso as do fundo Municipal de Saúde...
* Uma saída para questão ambiental do município seria a de agregar a responsabilidade pelo meio ambiente à Secretaria Municipal da Agricultura...
* Enquanto o governo do presidenciável Aécio Neves gasta os tubos com marketing político, existem escolas estaduais que até agora não receberam todos os seus livros didáticos...
* Quem não tem preparo para conviver com a crítica não deveria estar na vida pública...
* Cidadania é... O compromisso consciente de zelar pela sua cidade!
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