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Coluna | Cidadania Reativa
Willes Silva Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

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Bate-papo
30/04/2010
 
Eu nem pretendia escrever sobre política e seus derivados. Porém, resolvi fazer algumas digressões sobre o que vi e ouvi no bate-papo com o prefeito, promovido pelo Comitê Sul Mineiro 9840 na sexta-feira, 16 de abril, lá no salão da Paróquia do Santana, ao qual eu fui como convidado. A princípio, não me passou despercebido o desfile de certos personagens, alguns bastante caricatos, diga-se de passagem, que desfilaram por lá na claque de convertidos neo petista, ostentando, com certa prepotência, embora invisíveis, os crachás de seus cargos e ares de poderosos etc. e tal. Uns até deitando falação autoritária como se fossem mais importantes que o próprio prefeito, ou como se o alcaide precisasse da tutela de escudeiros ou defensores. Permitam-me abrir aqui um pequeno parêntese para comentar algo que considero importante em se tratando de política: “ao contrário daqueles que dizem que o poder corrompe as pessoas, eu acredito que as pessoas é que corrompem o poder. Ser corrupto é uma questão de desvio de caráter e, digamos, de grau. Uns degrau a baixo, outros degrau acima”.

Voltando ao bate-papo. Difícil esquecer que ali naquele mesmo salão paroquial, quando em construção lá pelos idos de 1984, foi que, historicamente, nasceu o antigo PT tendo como base o resgate da participação democrática e popular e o compromisso com mudanças substanciais no fazer político, algo bem diferente do que se espelha no petismo atual onde o que mais interessa é a manutenção do poder a qualquer custo. Aliás, vale observar, também, que alguns dos antigos adversários ideológicos do antigo PT e outros pára-quedistas de plantão, hoje ocupam cargos na administração neo petista sem nenhum rubor. Às vezes, até soberbamente ostentam uma estrelinha, agora se leram a carta de princípios do partido isso é outra história.

No mais, em que pese ter sido uma iniciativa louvável, confesso que achei aquilo tudo um tanto ilusório, ou seja: de um lado populares fazendo perguntas ao prefeito acreditando que tais indagações iriam ser contempladas com alguma resposta resolutiva do problema; do outro lado a autoridade respondendo, ora como se o problema já estivesse solucionado, ora como se a solução estivesse já prevista em futuras ações a depender de outros tantos pareceres, projetos e contatos num futuro ainda a ser configurado, ora só respondendo e blá, blá, blá. Enfim, até parecia campanha eleitoral: eu finjo que respondo, você finge que acredita; ou uma nova máxima: quem pergunta o que quer, ouve o que quem responde quer. Foi válido tudo isso? Uai, não era só um bate-papo? Como bate-papo foi válido.

Até o próximo bate-papo.

 
 
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