Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.
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Quando foi criada a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, muitos navegantes de primeira viagem aplaudiram como se só isso representasse uma solução para as nossas questões ambientais. Ledo engano, não só pela demora da sua instalação, mas, tambem, pelo perfil do titular da pasta, que não possui nenhum histórico de militância a favor das causas ambientais e, até que se prove o contrário, nem o suficiente conhecimento técnico e/ou cabedal político que o credencie para um gerenciamento ambiental que exigirá rigor e pertinácia nos confrontos que com certeza virão. Mais uma vez, em se tratando de secretarias ou cargos similares o que pesou foi o arranjo “político” e as tais amizades de que tanto fala o Grão Vizir do palácio do ET. Aliás, a nomeação não foi nenhuma novidade para quem conhece os atores da nossa pobre cena politica. “E a platéia ainda aplaude e pede biz, como diria Gonzaquinha.
Discursos tecendo loas ao meio ambiente são fáceis de fazer, não exigem muita sabedoria e nem compromisso. A questão fundamental é que para um meio ambiente desrespeitado e deteriorado como o nosso é necessário muito mais ação do que palavras. Falar apenas em priorizar a preservação dos parques municipais comprova o desconhecimento dos problemas ambientais existentes na cidade como, por exemplo, a falta do aterro sanitário que já vem se arrastando ao logo do tempo, além da questão do lixo propriamente dita que há muito já poderia ser coletado seletivamente, mas, que pelo desinteresse da própria prefeitura vem sendo, também, procrastinada. Isso sem citar a falta de fiscalização e da educação ambiental continuada que, se existe no município, ninguém sabe, ninguém viu.
As chamadas boas intenções não farão diferença se não vierem respaldadas por ações concretas e objetivas. Se o secretario do meio ambiente tiver disposição e coragem para fazer algo digno de nota nesta área, terá que buscar maior respaldo e legitimidade junto à nossa comunidade e entre aqueles que defendem a preservação ambiental incondicionalmente, já que um projeto de desenvolvimento sustentável em nosso município só terá lugar e vez se forem vencidos os interesses contrários a tal feito. Interesses estes que são muitos e que, ostensivamente ou camuflados, tem seus defensores nas diversas esferas do próprio poder público no município, no Codema, no Fórum da Agenda 21, em instituições corporativas, etc.
O meio ambiente em Varginha ainda não é prioridade. Falta conhecimento, compromisso, vontade política e exemplos que deveriam vir principalmente de quem governa.
Em tempo – O projeto sobre a limitação ou proibição do uso de sacolas plásticas no comércio do nosso município, que o atual presidente da Camara Municipal vem defendendo como idéia sua, foi inicialmente proposto na Tribuna Livre pela Escola Arco-Íris há mais de 2 anos passados. Reconhecer a contribuição popular é edificante.
Até breve.
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