Ser ou não ser, eis a questão! A máxima shakespeariana estará sempre presente na atuação do prefeito eleito. De outra forma, poderíamos também dizer que a espada de Dâmocles estará sempre pendente sobre a sua cabeça. Já que pesará sobre si honrar a palavra dada e suprir as expectativas criadas junto aos seus eleitores. O contrário seria comprometer a sua biografia para atender os pleitos daqueles que dizem tê-lo levado de volta ao poder e, que por isso mesmo, querem a parte que lhes cabe desse latifúndio.
Um breve parêntese. O poder político quando outorgado a alguém de boa índole pode ser considerada uma dádiva, já que o seu portador tem a oportunidade impar de servir com esmero ao povo que lhe confiou. Porém, quando as ações não correspondem aos bons intentos que deveriam nortear sua prática, essa outorga pode transformar-se num grande malefício, posto que a inversão de valores na condução do poder traga em seu bojo suas próprias aflições e punições.
Filosofia à parte. A realidade nua e crua nos aponta que há uma demanda reprimida de problemas e situações que precisam ser resolvidas. Desde o aparentemente simples tapar um buraco da rua com maior eficácia, a questões mais profundas que envolvem mobilidade urbana, educação, cultura, meio ambiente, desenvolvimento econômico, saúde, pobreza (inclusão e promoção social), etc. Tudo isso procedente da falta de planejamento e de políticas públicas eficazes, algo que foi negligenciado pela indigência política e cultural e pela incompetência do amadorismo irresponsável que permeou as últimas administrações municipais sem exceção.
Como se vê são inúmeros os desafios a imantar a próxima administração de Antônio Silva. Porém, caberá ao novo alcaide a condução desse processo, onde ousar e contrariar interesses imediatistas e politiqueiros de muitos dos seus aliados estará na ordem do dia se for do seu intento marcar sua nova estada no comando do nosso município por uma administração escorreita, eficiente e compatível com este novo tempo. E mais... O que estará em jogo não será só as questiúnculas eleitoreiras que já se fazem sentir nos bastidores das disputas por cargos e benesses do poder. Mas, principalmente, o futuro da nossa cidade e do nosso povo e, em especial, o destino dos nossos jovens que aí estão a clamar por uma política pública específica, com oportunidades claras e objetivas que os encaminhem para um futuro mais nobre e promissor.
Enfim, sob uma ótica puramente analítica não dá para fazer de conta que não sabemos dos tantos interesses que envolveram os bastidores da sucessão municipal e da própria eleição do futuro prefeito. Porém, uma coisa é certa, a partir da formação da sua equipe de governo será possível saber o que realmente irá mudar em nosso município. Se a “Varginha Melhor”, deixará de ser apenas uma promessa ou se foi apenas mais um slogan como tantos outros já foram. Se os desafios que nos aguardam enquanto cidadãos de Varginha serão vencidos, ou fomos todos tolos em confiar que o “melhor” fosse possível de acontecer. É esperar para ver, e vigiar!
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