Muitas pessoas já ouviram falar sobre ele e até já passaram por isso... O efeito sanfona é uma das consequências mais comuns de quando se segue uma dieta restritiva, e é caracterizado pela perda de peso seguida por um ganho de peso ainda maior do que o de antes.
As consequências de uma dieta restritiva vão muito além do efeito sanfona. O hábito de engordar e emagrecer com frequência gera alterações no nosso metabolismo, inclusive nos nossos hormônios. O metabolismo sofre uma redução no seu funcionamento e fica mais lento (o que propicia o acúmulo de gorduras), criamos resistência à ação da insulina que é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes. Além disso, a pressão arterial e os níveis de colesterol também podem sofrer alterações.
Em relação aos hormônios, ocorre um aumento da grelina (hormônio que sinaliza a necessidade de ingerir alimentos) e uma diminuição da leptina (hormônio que sinaliza a saciedade). Com isso, nossa sensibilidade aos sinais de fome e saciedade ficam prejudicados, o que pode nos deixar mais propensos a comer em excesso e, em muitas das vezes, com culpa. Quanto maior é a restrição alimentar, maiores são as chances de desenvolver transtornos alimentares.
O nosso corpo não sabe identificar o que é uma dieta e quando estamos seguindo-a. Para ele, quando fazemos uma dieta restritiva, ele acha que estamos em situação de escassez alimentar, ou seja, estamos passando fome. De fato, nosso organismo não está errado, porém ele não sabe que essa situação de passar fome seja proposital. O ideal é manter uma alimentação equilibrada, dando atenção no que se come, como se come e na quantidade, e fazer exercícios físicos rotineiramente.