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Coluna | Prosa Caipira & Cia
Sátiro dos Reis
conexaocaipira@bol.com.br
Jornalista e Filósofo caipira formado nas barrancas do Rio Verde, é contador de causo e gosta duma boa pescaria de beira de rio. Jura de pé junto que em vidas passadas já foi violeiro, peão boiadeiro e sanfoneiro nordestino. Atualmente cultiva abobrinhas, e outras sátiras a mais, no terreno fértil do humor descompromissado e da livre imaginação. * Preste atenção: qualquer semelhança com fatos ou pessoas pode não ser mera coincidência, hein!
 
Caipira na neti
31/07/2006
 
Nóis verga, manum quebra. Não é qui nóis aceitamu o convite do cumpadre Márcio pra fazê parte do saite. Uai, sô! Cê deve tá pensano, qui é qui nóis ta fazeno na aqui na neti. Que lugar maistranho pra encontrá um caipira dusbão, hein! Ora nóis tá aqui pra fazê graça, bebe cachaça e prá conta uns causo rapidinho proceis. Pra quem não conheci a gente, nóis vai reprisa as estória desdu comecinho, quem já conheci lê di novo, uai! Um cadinho de humor fais bem pro coração, né? Nóis fumo mas vortemo, puxa o banquinho e senta!

Aí vai um causinho, se ocê fô minero ocê vai intendê tudinho, se não fô, vai aprendê, esse é mais veio que andá pra frente, mais é bom: Sapassado, taveu na cuzinha tomando uma pincumel e cuzinhando um kidicarne com mastumate pra fazer uma macarronada com galinha assada. Quascaí de susto, quando ouvi um baruio vindo de dendoforno, parecendo um tidiguerra. A receita mandopô midipipoca dentro da galinha prassá. O forno isquentô, o mistorô ea galinha ispludiu! Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidimais! Quascaí dendapia! Fiquei sensabê doncovim, proncovô, oncotô. Oiprocevê quelocura! Grazadeus ninguém simaxucô!

Causinho bom dimais esse lá das banda di Guaxupé, né. Trudia tamém fiquei sabeno du caso dos etê di Varginha, purcausa disso Cumpadi Irineu as veis fica oiandu o céu percurando discu vuador, falei prele: “ paracum isso homi, essi trem num inzisti aqui na roça não”. Sabi o que ele mi respondeu : “ ocê vá lambe sabão, sô! Si na Varginha tem purquê aqui num deveria de tê?, Adispois quem miagarante qui ocê num é um etê disfarçadu di genti, óia só essazoreia grande, parece inté aza dilicópero”. Depois desse trelêlê tô aqui matutano será purquê os ET iscoieu logu Varginha prá descê? Sei não viu? Esse causo tá mar contado, quem sabe a gente num conta direitinho mais prá frente, né! Incrusive, vô consurta uns intendido nu assunto porcausdiquê já micontaro qui tem ET morano na Varginha inté hoje. Dia desses lá na pondusbueno um pescador ando proseano cum qui inté nomi o danado tem, é um tardi ETervino, “uma mistura di ET cum alivino”, foi o qui pensei. Cê micontaro, conto proceis! Cê num acreditô, ô coitadu!

Vortando pra prosa do ET, pur um acaso du destino encontrei o cumpadre Bira, qui é o maior intendidu du assunto no arraiar da Campanha. Nu começo eli veio c’umas prosa atravessada falanu di uns tar di ufos e óvini, qui nem consurtando o pai dus burro fiquei sabenu o qui era. Contei preli o caso do ETervino e eli dissi qui é bem possíver que argum ET tenha despencado da nave e ficado perdido na Varginha mesmo, inté contou qui umas lavadera, lá pras banda du Sion, também encontraro um ET qui era muié, diz qui o nomi dela é ETermara. Fui lá investigá o causo e num é qui é vero, a lavadera Vardinéia, êta nominho arretado sô!, jura por tudu quantu é santo que a ETéia é boa de prosa. Diz ela que a ETéia “é uma formosura di pessoa, que inté parece qui é di outro mundo, uma celebridadi”. Comu ela tava viajano prá São Tomé, fiquei de vortá lá pra fazê umas entrevista cum ela. Aguardi qui essa prosa inda vai dá o qui falá. Enquanto oceis espera vão comendo um queijo cum goiabada, quem quizé pode istorá umas pipoca e tomá uns gole di quentão. Ce oceis gostarô eu num sei, eu já tô gostano muito. Sô brasileiro, uai! Nóis torce mais nóis xinga. Tempocabô!

 
 
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